domingo, 29 de dezembro de 2019

Quando o aroma da tua voz se entranha nas periferias da minha bolha sinto-me em casa. Casa esta que não é constituída por algo palpável. Sinto, nesse momento, como se planasse por hectares de campo,onde me atrevo a mergulhar no penetrável solo, cheio de vida e prosperidade. Mergulhando, cada vez mais fundo, num estado de nirvana, sinto-me um só com o universo. Não olho mas consigo ver, cada vez mais intensamente, o brilho que me faz presenciar as origens do começo. As memórias da tua cara serena e cativante relembram-me de como era existir livre. Livre do tempo e das partidas de mau gosto que ele nos prega, livre das preocupações e equações que tento resolver, que no fim do dia me fazem desvanecer.
Quando estamos sós o relógio para, a fome é esquecida e as mágoas são resolvidas. Como um medicamento prescrito pelos deuses do além e pelas fadas cintilantes que me visitam sempre que me cai uma lagrima. Quando fazíamos companhia um ao outro pelas ruas escuras de Portimão percebi que até breves momentos, como esses, me satisfazem. Fico feliz quando ouço a tua voz, considero-o uma benção. Gosto quando ignoramos os ruídos e sussurros do mundo exterior que, embora nos tentem distrair e separar falham, sucessiva e diariamente, em nos fazer lembrar que todas estas interações são limitadas e cronometradas.
Os nossos corações são alimentados por ondas calorosas que advêm de um sol artificial. És a lua que faz os níveis de água interior inundar os meus olhos. És o caminho pelo qual ando, que me leva e eleva, que me guia e salva. És a morte e a vida, o começo e o destino ao qual não consigo, nem quero, escapar pois sei, e aceito, que tudo o que é bom, ou mau, tem prazo de validade. O tempo é um monstro criado pelo reconhecimento que o homem lhe dá e sem este reconhecimento o tempo é apenas um relógio parado. Liberta-me destes pregos que prendem o meu corpo ao teto do chão. Abre a gaiola onde resido e agonizo. Deixa-me experienciar o bater das asas de cimento que chamam as estrelas em busca de um sentimento de pertença.
Atira-me da ravina por onde hei de cair até subir. Inala sonhos e expira a tua realidade. Moi e tritura toda essa miscelânea de conhecimento e segrega o produto das tuas inúmeras vivencias. És as linhas do texto que faz o meu apetite imaginário reaparecer. Tudo isto começou num banco velho e castanho, tudo isto foi fruto da minha atração por ti. Desde o que foi até o que há de vir, agradeço tudo o que aprendi contigo e espero pelo que hei de aprender. És o sol que nunca morre e que para sempre há de brilhar.

sábado, 28 de dezembro de 2019

Felicidade associada ao silencio,
sentimento que é enriquecedor,
desço do paraíso saltando das estrelas,
prefiro estar ao teu lado, é o maior beneficio.
Coloras as páginas do meu diário, crias melodias sem compor,
gosto do teu sorriso, acontece naturalmente, é algo belo.

Canta-me canções com alma, 
desenha-me um futuro onde te posso acompanhar,
olha-me nos olhos, transmite-me calma,
essência em homeostase, sensação que não posso negar.

Agarra-me as mãos, podemos dançar até cair,
Já não olho para o  paraíso de onde vim,
encontro um melhor ao caminhar contigo,
conta-me piadas, faz-me rir,
escreve uma historia sem fim,
vamos correr pelos campos de trigo?

Rasga o casulo opressor em que vivemos,
respira o ar que nos acariciou,
pergunto-me, será que podemos?
pensando em ti a maré acalmou, a tempestade passou.

Desejos que me fazem querer.
Sonhos que me fazem endoidecer.
Não te quero perder.
Contigo quero envelhecer.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Fome insaciável,
engolir sem mastigar,
como mundos e universos.
Impulso notável,
devoro sem pensar,
instintos perversos.

Sentimento de posse exagerado,
viciado em adquirir,
consumir até à morte.
Manchado e frustrado,
o monumento está a cair,
sou um marinheiro que navega sem norte.

Vivo com exuberância,
desejo sem limites,
fins que justificam os meios.
Uso o sexo como uma substancia,
pernas abertas são convites,
caio sobre seios.

A raiva percorre as minhas veias,
incapaz de perdoar ou aceitar,
sou a maquina que te castiga.
Atrai-o as vitimas para as minhas teias,
desmembro pensamentos e rasgo o mar,
mentalidade atual mas antiga.

Cobiço o que não me pertence,
não tolero ver alguém à minha frente,
sinto-me inferior.
Paranoia que me convence,
o sentimento mente,
Sou um eterno perdedor.

Encontro prazer em procrastinar,
o dever causa-me aborrecimento,
se o mundo acabar, encontrar-me-às a dormir.
Olho para o relógio e vejo o tempo passar,
sustento o meu tormento,
não me esforço nem para sorrir.

Promovo a ostentação,
vanglorio o que é fútil,
pedestal imaginário.
Felicidade sem duração,
dedico tempo no que é inútil,
estilo de vida binário.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Hey, knew this day would come,
I can't pretend, distance hurts.
With fences of plastic and cobble around me,
I'm failing to reach.

Told you before, it's sad to let you go,
a catapult of memories hits me,
holding my tears,
I want you to go.

Frustrated that I can't acompany you in your journey,
endless trials,
you remain a beloved friend,
even if you go, even if you go.

Wanted to see you grow,
congratulate you when tears show,
bestow you with a bouquet of tulips,
spoil you with long forgotten dreams.
Rays of light hit the water,
where a dolfin and corals dance,
melodies of the universe sing in your veins,
an eternal smile florishes.

You have always been someone who cares,
where kindness overflows.
It is hard to watch you go,
It is something unavoidable.
Thank you for making me feel like someone,
you saw me, when others wouldn't.
I will never forget your honest concern,
it was more than I ever deserved.

I wish all turns out well.
I wish you find what you are looking for.
And when all is finished,
come back to where you belong.



domingo, 10 de novembro de 2019

As folhas caem, chegou o outono,
estrada sem retorno.
O vento, frio, leva-me ao teu encontro,
corro, já sem folego. Desejo o reencontro.

O florescer da minha curiosidade,
leva-me a pensar.
Por quanto tempo irá o meu coração cintilar?
O crescer de uma amizade,
o começo de algo especial.
Pássaros cantam ao meu ouvido,
respiro vida, expiro amor,
a equação passou a fazer sentido,
sentimento vinculador.

Voou com asas emprestadas, passo por vales e planícies.
A minha mente, embriagada de felicidade,
segrega melodias românticas.
Descubro corpos sem superfícies,
auge da criatividade,
palavras sem semântica.

Afundo-me nas nuvens que percorrem o meu planeta.
Uma ideia que me eleva para o núcleo do universo.
Um impulso que me projeta,
Um poema que acaba com o seu ultimo verso.

domingo, 8 de setembro de 2019

No percurso do autocarro,
no voo do avião,
a distância aumenta.
Parta-se o jarro,
aumenta a solidão,
o balão rebenta.

A tua cara, cheia de amargura,
deixou-me triste e pensativo.
Reencontra-me com a rotura,
coração depressivo.
Quando a distância nos separa,
o vinculo, magoado, cresce.
O amor floresce.
Soube que a saudade chegara.

Anseio o reencontro,
espero o teu conforto,
um barco precisa sempre de um porto,
vou ao teu encontro.

Acaricia a minha alma.
Beija-me o coração.
Traz-me calma.
Tira-me do chão.
Amo-te de aqui até à lua.
E assim, a distancia atua.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Críticas expelidas por bocas ocas.
Vozes roucas.
Prepara-te para o homicídio.
Adivinha o que vou fazer à tua espécie. Genocídio.
Afoga-te em gás, pego fogo à tua auto estima.
Adivinha, rima atrás de rima,
Esquivo-me das tuas balas como o Neo,
Parto-te ao meio, como o teu interior, bolachas oreo.

Pessoas dizem-te que nunca às de conseguir,
como se fossem eles a decidir.
Devo de me importar com opiniões de pessoas que não me respeitam?
Com o meu desejo por mais, fome insaciável.
Querem que seja prestável.
Pessoas que nem me aceitam.
Calem-se com os vossos comentários idiotas,
Lidem com as minhas inabaláveis frotas.

Culpem me pela vossa inutilidade.
Atirem-me areia para os olhos.
Vocês não passam de trambolhos.
Criaturas que se alimentam de maldade.
Cuscos e intrometidos,
cambada de bandidos.
Henrique, isto é tudo um mal entendido.
Desiludido, por não me ter apercebido,
que todos vós serviram-se e cuspiram no prato onde comeram.
Nojentos, parasitas da humanidade,
pessoas que não crescem com a idade.
Mesmo antes de ter começado, esta batalha já perderam.

Sentirei-me melhor? Miserável cá dentro.
Parem de fingir, sinto-me rejeitado.
Sinto-me negligenciado.
Cabeças de coentro.
Deixem-me ir.
O pior ainda está para vir.

Prometo-te, hei de fazer um banquete.
Bandejas de sonhos espezinhados.
Sonhos estes que matei.
Ao pé de mim não passas de um cadete.
Corações cozinhados.
Acusam-me que roubei.
Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão.
Sei que não precisas de mim, quando não precisas de mim, 
sinto que não me vês, a minha vida não tem sentido.
Salto das nuvens, caio no chão.
História próxima do fim.
Passado e presente. Este futuro é merecido.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Acabo de acordar da mais profunda sesta.
perdido no meio da floresta,
olho em meu redor,
em desespero, grito. Ninguém me ouve.
Afogo-me no meu próprio suor,
déus quer que o louve.

Notas percorrem o meu interior.
Notas escuras e sombrias.
Notas que me fazem voar para o submundo.
Algo que acreditava ser um rumor,
sinto entrar no meu corpo ondas frias,
espíritos de outro mundo.

No passadiço das nuvens que já não vejo,
Reencontro a morte do beijo.
Nébula suja e vazia,
sinto falta do tempo em que vivia.
Viver puramente, sem matar o tempo,
pois ao matar o tempo, surge um contratempo.

Sinto o peso do mundo nos meus ombros,
família que vira inimiga,
vida reduzida a escombros.
Amigos viram vampiros,
até a mais doce rapariga.
Amor vira arma, ouço tiros
contra o meu ser, contra a minha vida.
Alma ressequida.

No declínio do meu parecer,
encontro-me a perder.
As vozes ainda me atormentam,
Bombas que rebentam.
Poemas esquecidos,
Poetas perdidos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

At war with the pain:

Pain, oh pain.
You always haunt me.
"When you fire the first shot.
no matter how right you feel,
you never know who is going to die"
I've died many times.
Once I even tried to die.
"Pain happens when you care".
If all it takes it to stop caring,
I'll gladly return to what I was.
"What do you have to change inside to survive?
Who do you have to become?"
A monster. A predator. Top of the food chain.
You have to become unraveled.
"Are you okay? I'm fine. I'm good"
Let's all stop pretending, no one is okay.
There is no moving on. Life is pain.
"I'm trapped in my own personal hell".
Life is hell. Give birth to something that perishes.
I tried having a normal life. It only hurt people.
I'm a monster.
"I know how you feel right now."
No one knows what I'm feeling right now.
I am divient.
"I've been torn apart."
"I need everything to stop"
I've been torn apart so many times there's nothing more to torn.
Nothing will ever stop. A shadow never loses it's victim.
"I'm not okay."
No, I'm not fucking okay.
The light has vanished.
God, forgive me for I have sinned.
"It's like this all a game and I haven't been told what the rules are."
In life there are no rules. If rules existed it wouldn't be in plural.
If a rule existed it would be, every light must return to darkness.
"If i were to dissapear tomorrow, nobody would notice"
It's a lie, people would notice.
But like wildflowers end up dying, the memories of me,
will die as well. So much pain.
It never ends.
You can control this, you can control that.
You can't control shit.
"What is a life? Does to live any longer have a how? Does it any longer have a why?"
I thought so, but to live is not a how or a why.
To live is to die.
"What the fuck is inside my head?"
This is not the end.
What's the point of doing something if nothing happens.
Self-acceptance? I should stop judging and accept?
So everything i've done. All the light i've killed.
It's all good? It's not my fault. It's not my fault?
Whose fault is it then. Don't fuck with me.
"I'm turning down you, you get it? I want nothing to do with you,
everything I've cared about is gone ever since I've met you"
You're a damon desguised as an angel.
You are the devil itself. You take and take.
Until there's nothing else to steal.
"It's all gone"
To lose something you first need to have.
To lose someone you first need to be.
"Do you still love her? Always."
It's something that shall always linger in my head.
"You have to let her go! I can't, i can'..."
Letting her go is to die again.
"I warned you, I'll break your heart"
Already broke.
In my search of the understanding of love I have hit a dead line. My conclusions? I've realised that love can take many forms and can be shown in many ways. By animals, not all, but some. In my opinion, to humans love is something that makes you happy or atleast it should. It's something that changes you completly, for better or for worse. I've always been a hopeless romantic. Always believed that love would answer all the problems, all the questions. I did, in time, find that love doesn't fix anything, although it may break many. Self-love, the act to love yourself. The act to be selfish and egocentric. If you combine self-love with love for others you'll soon find out what kind of person you are. Are you a person who puts your needs and wishes in fron't of everyone else? The kind of person who finds a balance in life, giving and taking, always keeping the middle-ground? The kind of person who loves others more than themselfs? In each of these different kinds of people you'll find that all of them have ups and downs. Beneficts and debts.

I've always tried to love, and I admit, sometimes I've forced it upon others. I thought that my love would bring joy and harmony. It seems that i got it wrong. No love should be forced. No love should leave you sad. If love leaves you sad, it's not love, it's hell. There is no hapiness. There is no moving on. What's next? What's fucking next? Nothing's next. Your person dies, your world crumbles. The outside world is even worse. Full of light and noise. Full of darkness and stillness. You shut off from everyone and everything. You cry, yell, punch walls, for your love died.

I gave all I had. Every single part of me, I gave it to you. You threw me in the trash. Why? Because it's not good for me? Or maybe it's even worse for you. Even thou you say you've moved and forgot me. Why is that? Why does it hurt you, bothers you, leaves you angry? Because you've moved on? Because i'm irrelavant? I'm a story of the past? You've always had the habit to lie to yourself, over and over, until you believe the lie. But lies never last. It brings incongruence. Stuff doesn't make sense. You think something but you feel other things. You become split.

I'm going to try to find love in others things, better things. I'm going to try to love someone who deserves my time. I'm going to do all these things without you. Soon i'll met a person who loves me, and in september i'll have a taste of love. Not self-love. Real love. You're the most weird and sick person I have meet. And to be honest I think you should seek mental help. As someone who's fucked up in the head, it's not hard to distingish those who are okay from those you aren't. You have used me many times. You've led me to believe in stuff that would never happen. And most of all you gave up. Removing me from everywhere, even your heart. I fucking hate you and I have loving you. I was never happy with you and I can know understand that most of the things that happened with us was your fault. Because an action always leads to a reaction. You manipulative person, oh you mean person. I hope this time you leave for good because if there's a next chapter in this book things will be very different.

sábado, 3 de agosto de 2019

I get whiped on my back,
punches go through my stomach.
head hurts, heart weeps.
Today a part of me died.
The one I liked the most.
The innocent henrique has withered.

Snakes bite my neck,
alarm sounds.
Humiliated and disrespected.
Overwork and buy things that don't please me.
I'm just a child, that's what you say.
We have a story, you sprout.

Your mouth is a gun.
Your tongue shoots bullets.
I question what you see.
I don't see you like I should.
Late nights are the worst for me, they bring the worst in me.
I'm not worth it because i'm at a war with peace.

You left a hole in me, a hole I can't fill up,
i miss the part I gave to you so easily.
The part of me who wanted to give not wanting anything more than
your acceptance.
You broke my heart, more times than i've cared to count.
Somewhere inside you I know, you'll always miss me like I miss you.

I still think we're connected,
Linked throughout eternity.
Bound in spirit and mind.
I miss hearing your laugh.
I miss your stupid jokes.
I miss all the silly fights we had, how we'd always return.

I trusted you, still do.
I loved you, still do.
I see a future for us, a future where we walk beside one another.
Like partners, like friends, like two souls linked by chewing gum.
Whatever you do. I accept.
I might be mad and sad.
I might wanna give up and meet you upstairs.
But i'll keep going, until the end.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Sinto afeto e carinho,
Sinto atração e preocupação,
Doí-me o coração,
Duas pessoas percorrem o mesmo caminho.

Amor como adição,
Medo com subtração.
Tudo isto para te dizer
Amo-te, com todo o meu ser.

A tua presença trás-me conforto.
Assim te confronto.
Não sei o que sentes,
Mas sei que mentes.
Por receio do apodrecer de algo belo,
Por timidez de falar com o coração.
Quero pedir-te perdão.
Numa orquestra, és o meu violoncelo.

Sei que não pediste nada disto,
um amigo que se apaixonou,
através de um olhar, um universo visto.
uma amiga que se afastou.
Não quero que nada disto aconteça,
não quero que a minha amiga me esqueça.

Faço isto tudo para te explicar,
não precisas de me amar.
nem de te afastar,
como tudo, há de passar.

Sei que a ideia de compromisso te atormenta.
A tua cabeça rebenta.
Vitima de um bruto que não soube amar,
magoar no perdoar.

És um ser especial e único.
Talvez não me compreendas.
Pensamento psicótico.
Quero tirar dos teus olhos todas essas fendas.
Essas fendas que não te deixam ver,
que nem sempre o passado se repete no presente,
sei que se trata da tua mente,
pouco posso fazer,
mas não quer dizer que nada possa dizer.

Acima de tudo, quero que estejas bem.
E peço-te, não penses no meus sentimentos, se te incomodar,
do amor, não sou refém,
nunca te hei de mal tratar,
se pudesse, punha os meus braços à tua volta,
protegia-te de tudo o que te magoasse,
mas não posso, espero a reviravolta.
Queria que a minha amiga se perdoasse.

Quando te sentires pronta a responder,
prometo que hei de ler,
sem choro ou rancor,
conheço a tua cor.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

If today was all I had, even after all when've been throught.
I'd risk my all to have one night with you.
Drowning in the memories of our melody.

As our castle crumbled to ruins.
After the storm burned all our flowers.
All that was left was emptyness.
A void in my chest I couldn't fill.
A parasite called doubt made it's way to our brains.
It had already began installing himself before we clashed.
It feels like our love's been infected.
Tainted by the actions of a brute.
And a princess who didn't care.
Somehow, I feel neglected.

Traces of us still lingers in my head.
We found our lives been changed.
That's when I knew, you lost me.
You opted to betray me with one of my own.
And if there is betrayel in love, you're at fault.
We came back time after time with stories to tell.
And it's always like that in the evening time.
We drink and we sing.
And then we wake up only to realise we're two different souls
Our love died when our essense perished

If there were justice in this world
I'd have been rewarded
Instead, i got backstabbed.
Maybe there is justice in this world.
For all the things I did and didn't.
Maybe I'm suposed to fall.
Maybe life works like a balance.
In order for one to reach the top
The other has to remain at the bottom.

If you still hear me.
Dissapear and don't leave a trail.
I hate you, and I always will

quarta-feira, 26 de junho de 2019

   Sempre vivi a vida como alguém que sobrevalorizava o passado, ficava fixado no que podia ter feito, no que fiz de errado, imagens passavam pela minha mente como um filme de curta metragem. Ao chegar à realização de que de nada me server sobrevalorizar o passado, pois nada posso fazer para voltar atrás no tempo, comecei a pensar no futuro. Objetivos, sonhos e metas. Comecei lentamente mas com o passar do tempo o meu desenvolvimento foi positivo e fui progredindo no sentido em que tudo o que fazia era para um futuro melhor, não só para mim, mas para quem conseguisse auxiliar.

   Tudo parecia estar a correr bem, estudava, tinha vontade de trabalhar e finalmente arranjei um trabalho no qual me sentia útil e apreciado. No entanto, não me sentia preenchido, concretizado. Embora se tenham passado anos desde que optei por tentar mudar de atitude face à forma como vivo e lido com a vida parece que nada mudou. Apercebi-me que o passado, tal com o futuro, devem ter um papel importante ao ponto de deixarmos de viver o agora. O que me leva a falar no presente.

    O presente é a linha que separa o passado do futuro. O presente é o momento do agora. Na realidade o que chamamos de presente não passa de uma ilusão pois se formos averiguar, em termos quantitativos, o presente não pode ser vivido, ou pode? Se o presente é uma linha tão curta, sendo nada mais, nada menos, do que milésimos de um só segundo, como é que poderei viver o presente?

   Se formos avaliar, em termos biológicos, todos os animais têm uma função, reprodução. Nós, humanos, sendo animais que se diferenciam de todos os outros devido à sua racionalidade, deveríamos de abordar a vida de forma diferente, na minha opinião. Em vez de o fazermos. estamos a tornar-nos cada vez menos racionais e mais irracionais. Vivemos para satisfazer os nossos prazeres, vivemos para subir o nosso status social e também vivemos para nos reproduzir.

   Será que todas as nossas ações já foram tomadas, subconscientemente, antes de surgir uma cognição? Seremos nós, humanos, vitimas do nosso subconsciente? Se formos avaliar o presente como algo momentâneo podermos então dizer que, na maioria dos casos, todos aqueles que vivem a sua vida com olhos no futuro, onde planeiam alcançar algo, para eles próprios ou outros, estão a deixar o presente escapar pelas palmas das suas mãos? Espirito de auto sacrifício para um bem maior ou não, se nunca vivermos o agora, pondo sempre o passado ou o futuro em primeiro lugar, estaremos nós realmente a aproveitar a vida, como ela foi feita para ser experienciada?

   Seja o objectivo estudos, trabalho, voluntariado, por muito nobre que seja a nossa causa, quanto mais sacrifícios teremos nós, como indivíduos, de tomar para sermos felizes? Não no momento em que compro uma casa, ou ganho a lotaria. Não quando caso ou tenho filhos. Não quando sou contratado ou acabo um curso. Porque é que o ser humano tem que estar constantemente atarefado? Para não pensar? Para não refletir? Porque é o ser humano é tão estupido ao ponto de se deixar escravizar, remuneradamente, para depois chegar ao envelhecimento com um vazio no peito por não ter feito nada das coisas que queria ter feito, devido às suas responsabilidades e funções?

   Penso que se o ser humano tentasse preocupar-se menos com o que foi e com o que está para vir e se focasse mais nos momentos atuais encontraria uma fonte de prazer e gratificação maior.

   Todos procuramos uma razão para viver, chegando até ao ponto de atribuirmos um sentido à nossa existência. Se existe sentido na nossa existência seria apenas isso. Existir. Tudo se encontra no presente. Tanto o passado com o futuro. Pois sem presente nenhum dos outros dois tem significância.


terça-feira, 18 de junho de 2019

Nada pode ser explicado.
Explicações são interpretações,
Individuais ou coletivas,
Algo vivenciado.
Cientificas orações.
Realidades relativas.

Na amargura da incerteza,
Caço a minha preza,
Realidade virtual,
Acontecimento paranormal.

Memórias passadas foram adulteradas.
Sinto os pingos da chuva na minha testa.
Partir, nada me resta.
Ideias renegadas.

Ouço coisas que me levam,
Levam-me para vidas passadas.
Almas reencontradas.
Visões que me elevam.

Não me aflijo ao te perder.
Sei que noutra vida te encontrarei.
Na planície morta te esperarei.
Páginas iram arder.

Não encontro o que é real,
Subjectivo e animal,
Condicional e superficial,
Utópico e virtual,
Plantado como um vegetal,
Incerto mas universal.

Tudo muda, perdido, confuso.
Tudo mudou, pensei que aguentasse a dor.
Estou a ser puxado, levado.
Encarcerado como um recluso.
Não passou de um rumor.
Um escravo contratado.

Chegou a morte,
Cheiro azedo e vazio,
De nada me serviu ser forte,
Afundando num rio.

A chama, cá dentro, ainda arde,
Vai perdendo força com o tempo,
A mente não aguenta, essa é a verdade.
Gostava de lutar contra o tempo.
Sair vitorioso.
Sonhos perdidos e esquecidos.
Silencio harmonioso.
Cenários perdidos.

domingo, 2 de junho de 2019

Violetas crescem no teu jardim,
Trilhos de jasmim.
No teu olhar encontro profunda ternura,
tremenda doçura.
Caminho belo e brilhante.
Cabelo radiante.

Na companhia do teu ser,
reaprendo a viver,
prazer desejado,
amor reforçado.

Cavalos de correm pelos prados.
Corações amados.
Sentimentos duplicados.

Na escura solidão,
encontro o desconforto.
Revivo o nosso encontro,
reencontro-te no meio da multidão.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

?????, won't you say you're sorry
someday very far away
will you not say it in the end of the end
so even this painful time right now
as we smile later on
we can call it a good memory
?????, you said with the heart of a good friend
that you will love me forever
don't say those words ever again
they are so light to you but so heavy to me
this heart must have given you a hard time
i'll back off a little, i'll wait
i'll stand far away, so you can be confortable
i beg like this,
how can you leave me?
cruelly saying goodbye with those smilling eyes
it kills me and my breath stops
the melody that used to make us happy
it's still so glorious
please don't abandom me, abandom me
i don't want o live
what should i do? what should i do without you
living while pretending i didn't know you
i didn't know it would be insanely saddening like this
With those cruel words of goobye
i'll resent you forever
please don't go
living while pretending i don't know you
i didn't know it would be insanely saddening like this
????? , you are leaving me with just the cruel words of goodbye




quarta-feira, 8 de maio de 2019

Fields full of flowers,
trees and birds.
A hurricane is coming,
all life with perish.

Floods drown the fishes.
Storms burn the hills.
The tempest makes the sky cry,
Sky's liquid will lock us all away.

Forests of dead bodies,
images burn through my eyes.
A five year old kid hanging himself,
that five year old kid is my past self.

The labirinth of skeletons draws me inside.
Inside the cave where you once lived.
The cave where we first kissed.
A person who resembles poison,
he brings death to all he touches.

Make me disappear.
Like the butterfly effect.
Drowned in the liquid gold,
devout my life to the underworld.

Sadness with follow me,
even when I die.
My punishment is to relive this life,
over and over, until I drop.
Until I drop to the infinite descent,
until I find myself in the limbo,
where I shall spend all eternity,
regreting my life.

Shackle me,
bind me,
don't ever let me escape.
The world, without me, is a better place
Alone

Darkness clings to me.
Darkness breaths in to my soul.
Chills across my spine.
I hear screams.

I'm climbing a rope.
The rope has no end.
My arms are tired.
Inevitable fall.

Look what you do to me.
Madness and anger flow inside me.
Load the gun, fire it away.
Lows without the highs.

I sit on my iron throne,
Abandoned, emtpy inside.
We both know I'm wrong,
don't come after me this time.
Piano notes draw me closer to insanity,
the orchestra is full of devils,
they want my soul,
they want my spirit.

Save me, father.
I am lost and alone.
Make me repent for all I did.
Send me to where I belong,
Down to hell, with all my family and friends.
I'm crying tears of blood.

domingo, 5 de maio de 2019

Seems like it was yesterday.
Yesterday, yes, that was the day.
All I wish is to be with you, until the end.
Two arms wrestling, no arms bend,
the way we did, since we first met.
The past? That, I won't regret.

I wanna fall in you again,
Arms wide open,
repair the broken.
From all the characters, you are the main,
A theatre full of puppets,
who am I? One of the quintuplets.

Everytime a reunion is born,
I return,
To the days we were lovers.
His half he recovers.

A string that unites us
A string that draws us.
I can die in my dreams,
you are always there.
I don't want you in my dreams, I want you here.
There is no future, at least, so it seems.

The past gives birth to present,
The present is in the future.
The future is the past.


sexta-feira, 26 de abril de 2019

Pesadelos:

"Encontro-me na frente de escadas.
Escadaria que não tem fim.
Corro, desesperado, em busca do seu término.
Finais sem entradas.
Quadros ensanguentados de marfim.
Joelhos no chão, assim termino.

Preso, neste labirinto,
a minha mente grita em agonia.
Gritos, disparos de armas,
sem pernas, sem braços, assim me sinto.
ataques de esquizofrenia.
Rei da insanidade te proclamas.

Perdido no oceano,
não consigo respirar,
ouço uma voz, deixa-te levar,
adormeço no engano.
Sucumbindo, cada vez mais fundo,
a realidade confundo.
ALTO,
acordo em sobressalto.

Lágrimas escorregam pela minha cara,
a minha insanidade exponho,
um anjo que o inferno encara,
sempre que adormece e vive um sonho."
Ondas, trovões,
chuva que faz doer os corações,
vento que me faz voar,
sismos que me fazem vacilar.

Vejo o mundo com lentes escuras.
Traição, apunhalado pelas costas.
Esperança morre, no meu ser residem fissuras.
Múltiplas respostas.

Ao ouvir uma nova nota,
o meu interior sente amargura.
O meu cérebro anota,
busco conforto na literatura.

Marés sobem e descem,
euforia e depressão,
eterna regressão,
memórias desvanecem,
como lágrimas na chuva.
Atravessa a curva.

Gritos que não se ouvem,
mágoas que se escondem.
Amar sai caro,
Com a realidade me deparo.

A tempestade nunca vai parar.
É este o preço a pagar.
Minhocas rastejam pelos corpos em decomposição,
Sofrer é uma adição.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

"Por muito que o queira dizer,
sei que não o posso fazer,
ser teu amigo é o meu destino,
uma mentira ensino,
as vezes penso em esquecer,
sou apenas um menino.

Na trágica história que é amar,
limito-me a falar,
permanecer a tua sombra.
Embora não o saibas,
és a luz que me faz ver.
Sei que o passado te assombra,
mas quero que percebas,
o passado não foi feito para viver.

O passado foi feito para relembrar, recordar
Diz-me, quando me vez com esses olhos,
o que vês? Quando te vejo, vivo o agora
Aprende a aceitar,
se confias em mim, ouve os meus conselhos, 
chegou a hora de te ires embora.

Nas memorias que tenho contigo,
sempre fui feliz,
desde petiz,
abrir a boca e dizer, sei que consigo.

Na imparável reta que é o tempo,
só nos resta seguir em frente,
viver o presente,
amar-te é o meu passatempo.

O que já la foi pode ser considerado veneno.
Corrompe o nosso núcleo,
o carro não anda sem óleo,
sonhos em que sou sereno.

No meio do escuro,
a tua imagem enxergo,
passar por cima do muro,
do chão me ergo.

Quero que saibas, não me podias amar melhor.
O menino que virou senhor.
Com todas as forças do meu corpo, quero-te
Com tudo o que sou, amo-te"

domingo, 21 de abril de 2019

No circulo vicioso que é a vida,
revivo a tua partida.
Corpos diferentes mas pessoas iguais,
deixam-me a desejar mais.

As ondas que me batem no ouvido,
relembram-me do teu orgulho partido.
Vidros estilhaçados e quebrados,
sorrisos forçados.

Tudo nasce de uma amizade,
isso sei que é verdade,
duas pessoas desencontradas,
duas sombras desnorteadas,
complexidade nunca antes vivida,
lealdade nunca antes entendida,
duas pessoas amadas,
zero pessoas concretizadas.

Vê aquilo que éramos,
olha para aquilo que somos.
Entre meias verdades,
ou uma mentira absoluta,
desisti da luta.
Mundos iguais, diferentes realidades.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Sinto nos meus lábios um sabor adocicado,
deixa-me obcecado, viciado.
Quando sinto a tua alma no meu interior,
relembro-me do teu odor.

No circulo vicioso que é a vida,
revivo a tua partida.
Corpos diferentes mas pessoas iguais,
deixam-me a desejar mais.

Encontro em ti algo único,
características em vias de extinção.
Medo crônico.
Gostava que aceitasses o meu coração,
experienciar contigo algo mágico,
cuja explicação não seja algo lógico.

As ondas que me batem no ouvido,
relembram-me do teu orgulho partido.
Vidros estilhaçados e quebrados,
sorrisos forçados.

Tudo nasce de uma amizade,
isso sei que é verdade,
duas pessoas desencontradas,
duas sombras desnorteadas,
complexidade nunca antes vivida,
lealdade nunca antes entendida,
duas pessoas amadas,
zero pessoas concretizadas.

Cala-te, ouve o meu coração bater,
encosta a tua cabeça no meu peito,
quem me dera que já o tivesses feito,
não só perceber, compreender,
através de um beijo, amar,
chorar de alegria,
fazer me querer isto tudo,
cheguei a um novo patamar.
Bate-me fundo a nostalgia.
Solto um grito mudo.

Vê aquilo que éramos,
olha para aquilo que somos.
Entre meias verdades,
ou uma mentira absoluta,
desisti da luta.
Mundos iguais, diferentes realidades.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

     "Prefiro não ter nada, não ser ninguém, uma sombra cujo destino é imprevisível. No calor do vazio encontro-me. Não me prendo a cidades, pois o meu lugar é aqui, no universo, no infinito, nem a pessoas pois não pertenço a ninguém mesmo que ao mesmo tempo seja de todos. A minha casa não é fixa, voa com o vento, tal como os meus pensamentos, sempre no ar, no céu. 
     Não me identifico com uma só personalidade, identidade, identifico-me com todos e com tudo. Embora não consiga alcançar o estado em que me seja possível perceber o que vai na mente do outro penso que o compreendo. Penso que o sinto. Chamem-me o que quiserem, não me quero prender a um só nome pois nenhum nome serve para me chamar pelo que sou. 
     Um circulo quadrado, uma cara sem face. E assim me vou, num ápice, numa só respiração. Encontra-me no meio das estrelas, lá te esperarei. Espero que te apresses, tenho um desejo enorme que sintas o que sinto neste exato momento, nesse instante, olha-me nos olhos. Torna-te um só acompanhado."


sexta-feira, 5 de abril de 2019

Embarco numa aventura fortuna.
Faço-o para encontrar o que desejo.
Tirar as lentes pelas quais olho para o mundo.
Evoco a pergunta oportuna.
Mudar a cor das cores que vejo.
Mergulhar num pensamento fundo.

Através da resposta ausente,
aprendi a viver o presente.
passado umas horas desta viagem iniciar,
senti o tempo parar,
veio o monstro do mar,
cara de medo e desespero.
Fui buscar esta inspiração ao mestre Homero,
Agora que respiro, sinto o ar.

Olhei para os lados,
em busca duma arma.
Historia que relembra os fados.
Após nada encontrar, parti para a estratégia do desarma.

Braços verdes e gelatinosos,
envolviam a minha alma,
de gosma nojenta e mal-cheirosa.
Visões de cenários horrorosos, 
engoli em seco em busca de calma,
cabelos castanhos, imagem harmoniosa.

Ao me lembrar da tua face,
das página ainda por escrever,
lembrei-me, não deixes que te ameace!
Não saltes degraus, sobe-os um a um.
De certeza que ao faze-lo, a tua mente irá enriquecer!
Envolvi-me o corpo em rum.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Cansado do ruído que me atormenta.
Parto em busca de uma solução.
Sinto saudades de me ouvir, só, sem interrupção.
Talvez seja a minha incontrolável obsessão que o alimenta.
Duas faces da mesma moeda.
Conflito interno indesejado.
A minha mente, através de mentiras e decepções, embebeda.
Olho para o espelho e sinto-me enojado.

Sou embalado na sinfonia da morte,
Não me incomoda, nela encontro uma saída.
Exposto e com medo senti necessidade de construir um forte,
As suas muralhas são feitas de seda.
Danço enquanto a orquestra me leva à insanidade.
Visões que gostava que fossem verdade.

Subo a escada cujo destino é o inferno,
Degrau frio e sem esperança,
Destino que aceito,
Eterno inverno,
Levo comigo uma lembrança,
O meu maior feito.

O termino de algo único,
Escrevo o ultimo capitulo,
Percorro as linhas enquanto a caneta chora,
Nos meus últimos momentos permaneço catatônico,
Uma maneira de fugir de dentro do circulo,
O relógio dita a hora.
Ao olhar uma ultima vez para a tua face,
Vivo a intermitência do espaço,
Aqui te dou o ultimo abraço,
Questiono-me, seria tudo diferente se te beijasse?

Dentro de mim a chama grita,
Sem voz, sem futuro.
O nevoeiro denso tapa-me a vista.
Do vazio surge uma mão que me fecha os olhos.
Não consigo ver, mas o teu nome murmuro. 
Mundo cruel este, onde os pais enterram os filhos.





domingo, 27 de janeiro de 2019

Nas ondas do pensamento navego, sem rumo, sem barco. Pelo tempo viajo e o espaço quebro. Mesmo com os olhos fechados vejo. Na realidade, vejo mais sem os abrir. Vivo o que foi e também o que gostava que fosse. Lá te encontro. Nas imagens nebulosas que me percorrem a espinha encontro conforto. Quando aqui estou nada me preocupa, nem a mentira, nem a morte.
Sinto-me preso. Como um pássaro que deseja voar para longe, para o infinito, mas não consegue.
Sei que, como o pássaro, vou voar. Em desespero e em agonia tento soltar-me destas correntes que me prendem. No meu mundo sou livre. Sou omnipotente. Neste meu mundo sou o rei, o presidente, sou Deus. Mesmo assim, sinto-me engaiolado.