Nas
ondas do pensamento navego, sem rumo, sem barco. Pelo tempo viajo e o espaço quebro. Mesmo com os olhos fechados vejo. Na realidade, vejo mais sem os abrir. Vivo o que foi e também o que gostava que fosse. Lá te encontro. Nas imagens nebulosas que me percorrem a espinha encontro conforto. Quando aqui estou nada me preocupa, nem a mentira, nem a morte.
Sinto-me preso. Como um pássaro que deseja voar para longe, para o infinito, mas não consegue.
Sei que, como o pássaro, vou voar. Em desespero e em agonia tento soltar-me destas correntes que me prendem. No meu mundo sou livre. Sou omnipotente. Neste meu mundo sou o rei, o presidente, sou Deus. Mesmo assim, sinto-me engaiolado.
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