terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Fome insaciável,
engolir sem mastigar,
como mundos e universos.
Impulso notável,
devoro sem pensar,
instintos perversos.

Sentimento de posse exagerado,
viciado em adquirir,
consumir até à morte.
Manchado e frustrado,
o monumento está a cair,
sou um marinheiro que navega sem norte.

Vivo com exuberância,
desejo sem limites,
fins que justificam os meios.
Uso o sexo como uma substancia,
pernas abertas são convites,
caio sobre seios.

A raiva percorre as minhas veias,
incapaz de perdoar ou aceitar,
sou a maquina que te castiga.
Atrai-o as vitimas para as minhas teias,
desmembro pensamentos e rasgo o mar,
mentalidade atual mas antiga.

Cobiço o que não me pertence,
não tolero ver alguém à minha frente,
sinto-me inferior.
Paranoia que me convence,
o sentimento mente,
Sou um eterno perdedor.

Encontro prazer em procrastinar,
o dever causa-me aborrecimento,
se o mundo acabar, encontrar-me-às a dormir.
Olho para o relógio e vejo o tempo passar,
sustento o meu tormento,
não me esforço nem para sorrir.

Promovo a ostentação,
vanglorio o que é fútil,
pedestal imaginário.
Felicidade sem duração,
dedico tempo no que é inútil,
estilo de vida binário.

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