Sinto nos meus lábios um sabor adocicado,
deixa-me obcecado, viciado.
Quando sinto a tua alma no meu interior,
relembro-me do teu odor.
No circulo vicioso que é a vida,
revivo a tua partida.
Corpos diferentes mas pessoas iguais,
deixam-me a desejar mais.
Encontro em ti algo único,
características em vias de extinção.
Medo crônico.
Gostava que aceitasses o meu coração,
experienciar contigo algo mágico,
cuja explicação não seja algo lógico.
As ondas que me batem no ouvido,
relembram-me do teu orgulho partido.
Vidros estilhaçados e quebrados,
sorrisos forçados.
Tudo nasce de uma amizade,
isso sei que é verdade,
duas pessoas desencontradas,
duas sombras desnorteadas,
complexidade nunca antes vivida,
lealdade nunca antes entendida,
duas pessoas amadas,
zero pessoas concretizadas.
Cala-te, ouve o meu coração bater,
encosta a tua cabeça no meu peito,
quem me dera que já o tivesses feito,
não só perceber, compreender,
através de um beijo, amar,
chorar de alegria,
fazer me querer isto tudo,
cheguei a um novo patamar.
Bate-me fundo a nostalgia.
Solto um grito mudo.
Vê aquilo que éramos,
olha para aquilo que somos.
Entre meias verdades,
ou uma mentira absoluta,
desisti da luta.
Mundos iguais, diferentes realidades.
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