caminho perigoso,
caminho descalço,
nado em vinho.
afogar-me com os meus pensamentos,
atiro lanha para a fogueira,
alimento a minha prisão,
preso em certos momentos,
respiro o fumo da lareira,
inunda-se-me o coração.
sofro a pensar,
penso no sofrimento,
o mesmo que acaba por me afogar,
sou para o solo como alimento.
já nem me alimento,
vivo pela satisfação de um dia morrer,
sobrevivo sem sustento,
sou mestre a correr.
então corro,
fujo de tudo e todos,
só, na penumbra, faleço
entre a vida e a morte permaneço.
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