o tempo corre, e nunca para,
o tempo leva, o tempo
sara,
com o tempo, aprendi quem
era,
e como o tempo, sigo em
frente,
sem olhar para trás,
no passado, encontro
desilusões,
reencontro sentimentos
enterrados,
o presente, ilusório,
finge que é o que está a
acontecer,
mas, na verdade, o presente, é o que foi,
no futuro, encontro
oportunidade,
no futuro, encontro surpresas,
e só, no futuro, te
encontro a ti,
futura herdeira do meu
viver,
motivo do meu prazer,
sentido, no meu ser.
quando esqueço, esqueço
de vez,
mas, por vezes, esquecer
é complicado,
quando estou triste, peço
ao tempo que corra mais rápido,
que as feridas sarem mais
depressa,
e que as imagens, do
passado, se percam.
quando me deito, penso
nela,
e quando acordo, o cheiro
dela,
suave e humano,
gentil e soberano,
cabelo pintado,
e corpo frágil.
é isto tudo, a mulher
que amo,
quando digo que amo,
digo-o sentido,
pois só quem me acorda a
fome de viver,
é merecedor do meu
carinho,
embora que rápido,
apaixonei-me,
e quando me apaixono,
caio por inteiro.
quando sorrio, penso em
ti,
porque ninguém me
preenche mais a rir que tu,
e quando te afastas,
talvez por medo de ser presa,
levas contigo um pedaço
de mim que me é querido,
mas quando me beijas,
dás-me muito mais.
posso dizer, com
certezas, que te quero,
e, quero-te muito,
sabe, que quando o gelo
se derrete,
as lágrimas transbordam,
e quando o sol acorda,
ainda penso em ti.
curta, esta relação que
criei contigo,
mas verdadeira, na sua espontaneidade,
por isso, da próxima vez
que te afastares,
lembra-te que estarei à
tua espera,
pois tendo a não desistir
de quem me preenche.
és perfeita, na tua
incerteza,
e és genuína nos teus
receios,
quando caíres, caí para a
frente,
não me importo de me
magoar se te amortecer a queda.
não mates o que é espontâneo,
pois ser espontâneo é
falar a linguagem do universo.
faz o que queres fazer, e,
se estiveres perdida, olha para o céu,
o mesmo céu que olhamos
em conjunto.
visita o nosso jardim e
senta-te no mesmo banco onde nos beijamos.
com carinho e amor, o teu
Henrique
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