sábado, 17 de outubro de 2020

 o tempo corre, e nunca para,

o tempo leva, o tempo sara,

com o tempo, aprendi quem era,

e como o tempo, sigo em frente,

sem olhar para trás,

no passado, encontro desilusões,

reencontro sentimentos enterrados,

o presente, ilusório,

finge que é o que está a acontecer,

mas, na verdade, o presente, é o que foi,

no futuro, encontro oportunidade,

no futuro, encontro surpresas,

e só, no futuro, te encontro a ti,

futura herdeira do meu viver,

motivo do meu prazer,

sentido, no meu ser.

 

quando esqueço, esqueço de vez,

mas, por vezes, esquecer é complicado,

quando estou triste, peço ao tempo que corra mais rápido,

que as feridas sarem mais depressa,

e que as imagens, do passado, se percam.

 

quando me deito, penso nela,

e quando acordo, o cheiro dela,

suave e humano,

gentil e soberano,

cabelo pintado,

e corpo frágil.

é isto tudo, a mulher que amo,

quando digo que amo, digo-o sentido,

pois só quem me acorda a fome de viver,

é merecedor do meu carinho,

embora que rápido, apaixonei-me,

e quando me apaixono, caio por inteiro.

 

quando sorrio, penso em ti,

porque ninguém me preenche mais a rir que tu,

e quando te afastas, talvez por medo de ser presa,

levas contigo um pedaço de mim que me é querido,

mas quando me beijas, dás-me muito mais.

 

posso dizer, com certezas, que te quero,

e, quero-te muito,

sabe, que quando o gelo se derrete,

as lágrimas transbordam,

e quando o sol acorda, ainda penso em ti.

curta, esta relação que criei contigo,

mas verdadeira, na sua espontaneidade,

por isso, da próxima vez que te afastares,

lembra-te que estarei à tua espera,

pois tendo a não desistir de quem me preenche.

 

és perfeita, na tua incerteza,

e és genuína nos teus receios,

quando caíres, caí para a frente,

não me importo de me magoar se te amortecer a queda.

não mates o que é espontâneo,

pois ser espontâneo é falar a linguagem do universo.

faz o que queres fazer, e, se estiveres perdida, olha para o céu,

o mesmo céu que olhamos em conjunto.

visita o nosso jardim e senta-te no mesmo banco onde nos beijamos.

com carinho e amor, o teu Henrique

Sem comentários:

Enviar um comentário