sábado, 20 de dezembro de 2014

Num mundo cruel, onde aqueles que não têm força para andar e que caem num poço sem fundo, navegam à deriva à espera de alguém, de uma mão, de um apoio, de uma âncora, bem podemos esperar. Pensava eu, enquanto olhava para o vasto oceano. As pessoas são más, egoístas, mentirosas. Tal mundo não deveria de permitir a existência de um lobo solitário como eu, vitima de uma amarga solidão e melancolia. Sobre esta mentalidade ia vivendo. Se é que me é permitido disser que tal modo de viver seja viver. Numa sala escura, sem qualquer tipo de iluminação ou presença humana. Não à muito tempo apercebi-me de algo que me motiva a ser feliz. Uma porta abrira-se na minha escura sala. Que estranha luz era aquela? Apercebi-me então que essa luz vinha dela. Do meu primeiro e único amor. Dias, semanas, meses e anos passaram e o meu amor por ela cresceu. Embora pense que não fosse consentido, ela tornara-se o motivo do sorriso deste escritor. O meu motivo para caminhar.
Sem dúvida que ela me intriga. Uma rapariga misteriosa. A mais misteriosa que alguma vez tinha conhecido até aos dias de hoje. Sinto uma estranha tristeza e insegurança no seu olhar. Quero ganhar a sua confiança. Quero ajuda-la. Posso dizer com certezas que isto é o que mais me passa pela mente e também é o mais que desejo. Que se danem os estudos. Preferia trabalhar a servir às mesas estando com a pessoa que amo do que prosseguir algo que me pode levar à solidão e deterioração. Magoa-me achar que não a mereço. Pelo menos por enquanto.  

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