Pergunto-me se talvez,
Talvez um dia
Já à beira da morte
Não te tenha como minha companhia
Talvez o sonho do solitário
Tenha deixado de ser imaginário
Cego pelo que vejo
Assim o prevejo
Um coração que sangra
Lágrimas vermelhas
Manchadas pela vontade ingra
De que de engraçado nada tem, apenas falhas
Falhas do rumo que tomei
Falhas na cidade onde cheguei
Falhas no significado de amar
Falhas ao nada chegar
Não sei como é ser amado
Deitado no chão sem ser apanhado
Um boneco desconsolado
Um boneco falhado
Pelo que é
E que não é
Pelo mundo mudado
Pelo mundo derrubado
Pelo amor maltratado
De não ser amado, desapegado
Perde a vontade de viver
Perde a vontade de comparecer
A mais um acordar do sol
A mais um adeus ao sol
E um despertar da lua
Seguido por um até logo na sua partida, a linda lua
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