Numa vasta planície várias flores residem, numa vasta planície só uma flor reside em mim. Por ingenuidade colhi-a, por ingenuidade a matei aos poucos.
Uma pequena mas grande flor, com cores nunca antes vistas, estragada pela minha ganância e estupidez...
Colhi-a, fiquei feliz por ter encontrado uma flor como aquela, sem me aperceber aos poucos as suas únicas cores foram desfalecendo.
Sem cor, ou antes manchada pelas minhas escuras cores.
Sem cor e sem brilho a flor perdeu a sua beleza.
Devido à ausência de beleza voltei a coloca-la onde a tinha encontrado. Passado algum tempo a pequena grande flor voltou a ganhar as suas cores.
Na minha cabeça escrevi e com os meus olhos entendi que nunca uma flor deveria de ser colhida pois o lugar onde ela pertence não é nas minhas mãos ,não nas mãos de ninguém, mas sim no solo da planície.
Ao relento, ao livre. Atrevo-me eu a voltar a colher a flor, sabendo que o mesmo acontecerá?
Malucos são aqueles que fazendo os mesmos actos esperam um resultado diferente.
Ao invés de te colher vou apenas olhar, tocar, mas nunca retirar. Re-escrevo na minha cabeça, nunca mais colherei aquilo que a mim não me pertence. Nenhuma flor me pertence. Nada me pertence sem ser eu mesmo. Conhecendo o futuro impeço que o passado se volte a repetir e com isto mudo o futuro.
Quando olho para ti sei que nunca poderás ser minha, nem de ninguém. Sei que és livre como o tempo. Sei que és única como a lua à qual olho todas as noites no céu, tento alcançar-te mas não consigo.
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