terça-feira, 14 de outubro de 2014

Apôs ter visualizado um filme chamado "Autómata" despertei em mim um pensamento que o meu cérebro decidiu enterrar nas profundezas do meu subconsciente pois como sempre, o cérebro esconde aquilo que considera uma ameaça. Obviamente, apôs me ter despertado o interesse de falar nisto independentemente do que ele tente fazer para o voltar a enterrar não o vai fazer pois assim o desejo e como o cérebro, se treinado, faz aquilo que nós o mandamos fazer, assim o fará. Começando agora a falar do filme, neste filme vi o quanto o ser humano se considera "superior" ou de maior direito de existência e supremacia em relação a outras entidades. Como é óbvio esta forma de pensar é para nós, como espécie um pensamento que nós impede de nos tornarmos num ser ainda mais inteligente do que aquilo que somos. Como "seres superiores" deveríamos de preservar a paz e a vida, não só a nossa mas também de qualquer outro ser vivo. Se os outros seres vivos se alimentam apenas de aquilo que necessitam para sobreviver, porque é que nós sentimos a necessidade e o prazer de comer mais do que aquilo que conseguimos mastigar? Neste filme, o ser humano apôs deparar com um ser intelectualmente superior e sem limites de evolução, ao contrário de aprender com ele, pois faltava-nos a capacidade para tal, faz com que o ser crie restrições para a sua própria raça, criando protocolos que os impedissem de crescer como ser, tornando-os "escravos" do ser humano. Acharam-se no direito de o fazer pois acreditaram que os outros seres vivos serviam para os "servir" ou para ganharem algo em troca deles. Prazer, alimentação, divertimento. Acontece-se que o ser superior apôs ver o estado degradante em que o ser humano se dirigia decidiu remediar o que tinha feito à sua raça. Reverteu o 2º protocolo que dizia que nenhum robô se podia reparar nem ser capaz de ter consciência. Incapazes de ter consciência os robôs não podiam evoluir. Anulando este protocolo os robôs começaram a evoluir a uma velocidade extremamente veloz, a níveis intelectuais, que acabaram por superar o ser humano. Depois dos seres humanos descobrirem disto tentaram acabar com essa forma de vida, pois representava uma "ameaça" para a sua espécie, ou assim pensavam eles". O 1º protocolo dizia que nenhum robô poderia fazer mal a um ser humano e que deveria fazer de tudo para prevenir que algo de mal lhe acontecesse. Embora o 1º protocolo se mantivesse era extremamente irrelevante porque um ser "superior" não tem necessidade de usar a violência. Os robôs, incapazes de matar os seres humanos devido à sua extrema inteligência e sem qualquer tipo de instintos primitivos apenas observaram enquanto os humanos os matavam. Ao contrário de matar criaram outra forma de vida através da sua inteligência que seria a evolução da espécie robô actual. Esta espécie, ao contrário do que foi dito,  matou um ser humano que o tentava matar para prevenir a sua própria morte. Juntos, o único robô e o auge da evolução actual partiram para se continuarem a evoluir. No filme existem algumas partes que merecem ser referidas, tal como, numa cena em que um robô deparando-se com um humano com uma arma na mão que lhe está a dizer para se ajoelhar fica parado. O humano pergunta-lhe o porque de ele não o obedecer visto que ele era só uma máquina e a máquina responde que, Tu dizeres que eu sou "só" uma máquina é o mesmo que eu dizer que tu és "só" um macaco". Escusado dizer que o homem matou a máquina. Noutra cena o ser humano fala com a máquina e ambos discutem a diferença entre "sobreviver" e "viver", em que o humano diz que fazem o que fazem para sobreviver  mas que o robô responde que sobreviver não tem importância quando comparado a viver. Deparado com esta situação o humano ri-se e dá ao robô a ferramenta que é necessária para a criação da evolução da espécie, não só humana mas também robótica. Somos parvos em acreditar que o ser humano é o auge da evolução. Somos apenas mais um degrau numa escada infinita, uma escada cujo o destino é desconhecido. Somos só mais um ponto num universo.

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