sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Incrível como pode ainda existir neste mundo uma mulher com as tuas qualidades
Tanto fisicamente como psicologicamente possuis tremenda beleza
Apenas observando e nunca sentindo invade-me a tristeza
Vives de forma única e integra, és um ser angelical que nunca pratica maldades

Toda essa tua perfeição faz de ti o único sonho que se tornou realidade
Digo com certezas que sem ti a realidade seria apenas um pesadelo
Por isso fica permanentemente pois com a tua inexistência só conseguirias entristece-lo
A este nada belo mundo quando comparado à tua beldade

Nos teus cabelos castanhos e ondulados percorre a estrada para a perfeição
Começando na ponta do teu cabelo e acabando em lado nenhum
Pois embora tenha começo a tua perfeição não tem fim

Para mim és muito mais que matéria, és o meu coração
Olho para ti e nunca vejo mal algum
Sonhava um dia te ter só para mim

Questiono-me se a teu lado a escuridão se tornaria um clarão
Um clarão de luz transmitindo apenas amor
Esta é apenas a minha opinião
Mas ao teu lado desconheço a tal dor

A dor que me persegue desde que me lembro
A solidão que me segue inquestionavelmente
Ela engana-me e sempre mente
Espero contigo passar o dia quatorze de Novembro






quinta-feira, 30 de outubro de 2014

It's a little bit funny, this feeling I have inside,
The more it lasts the stronger it gets,
So it lasted, year after year, until it became time to show what I still hide,
At the beginning I was afraid but all the fear vanquished when our eyes met.

I find it hard to believe that my love is what you desire,
I find it hard to believe that your love for me is real,
Your attention suddently became my daily meal,
Losing my appetite while my heart is engulfed in wire.

That's how I feel when our paths cross and a smile blossom,
Whenever I walk beside you I never find boredom,
All I wanted and want is to be the cause of your lovely smiles,
All I say is true so trust me when I say that with you I would walk infinite miles.





domingo, 26 de outubro de 2014

Corro e não olho para traz
Não é que não queira mas não posso
Sem saber se sou capaz
Tento não cair num fosso

Quero puder olhar para traz
Quero apreciar a doce amargura que trago
Quero poder encontrar a paz
Vendo apenas o reflexo do teu rosto num lago

Penso que cheguei a um impasse
Escolho entre perder a minha humanidade
Ou perder a minha oportunidade
Apenas queria algo que me completasse

Creio que esse algo nunca irá chegar
Pois sei que por ti nunca me irás amar
Compreendo e choro agoniado
Apenas queria não ficar descontrolado

No silêncio permaneço quieto à espera de uma resposta
Na fria e vasta hipótese de acontecimentos
Apenas num futuro faria a minha aposta
Apenas queria contigo passar mais alguns momentos

O silêncio é a pior resposta
Uma vida sem ti não é vida
Com a minha alma dividida
Aguardo pela tua proposta

Espero poder continuar a te acompanhar
Nem que seja do outro lado do vasto mar
Quero que haja de novo uma troca de olhar
E que por fim este capitulo consiga acabar ou continuar

Tens o mar e a terra ao teu controlo
Procura-me no subsolo
Onde eu hei de permanecer solo
Até me levantares e levares no teu colo

sábado, 25 de outubro de 2014

Costumava ser um rapaz que não confiava em ninguém e que me escondia atrás das muralhas que construí ao longo dos anos. Costumava ser um rapaz que tinha medo das pessoas, medo de relações e medo de mim próprio. Ainda hoje sou o rapaz que era noutros tempos. Na minha vida ouve várias pessoas que conseguiram fazer com que subisse a muralha e espreitasse para o lado de fora, ouve alturas em que me magoei e ouve outras alturas que me senti feliz. Sempre que me magoava aumentava o tamanho da muralha e sempre que ficava feliz o tamanho da mesma diminuía. Ouve uma pessoa que destruí essas muralhas que construí ao longo dos anos e que me fez compreender a beleza do mundo exterior. Caminhei com essa
pessoa durante algum tempo mas eventualmente voltei à muralha, à muralha ainda destruída. Antes de começar a construí-la apareceste e mais uma vez fizeste com que saísse cá para fora. Assim fiquei, do lado de fora da muralha, solitário sem protecção e à tua espera. Tenho medo de te ter afastado ao dizer-te o que sentia, mas gostava que soubesses que se necessário posso voltar para a muralha e que volto a ser o rapaz que sou e que era. Dou valor à tua presença e diária companhia. Dou mais valor a isso do que à minha liberdade e felicidade. Sei que não estou feliz em estar cá fora. Sei que vou estar infeliz do lado de dentro por isso, se não queres explorar os cantos deste belo mundo comigo diz-me. Peço-te. Imploro-te que me deixes voltar para a minha concha e voltar a construir o que me separava da solidão. Basta dizeres-me-o e assim o farei. Espero por uma resposta... espero por ti.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Levei algum tempo a perceber o que realmente sentia por ti. Sabia que sentia algo de especial por ti mas não sabia bem o que. Ultimamente sinto-me tristonho e sem forças. Talvez porque uma das coisas que me trazia mais felicidade era estar contigo e saber que estavas perto de mim. Onde a concentração vai a energia vai atrás e talvez seja esta a razão de eu me sentir sem energia como se me tivessem aspirado o anterior do coração. Gostava de te pedir, se possível, que voltasses a me dar o que me pertence, isto sendo a minha energia e a minha felicidade. É apenas um pedido estúpido mas será que poderia estar mais alguma vez só contigo? Tal como no dia em que te acompanhei até ao autocarro? Apenas um pouco é o que preciso para voltar a ter um sorriso na cara. Vejo te a afastares de mim mas nada posso fazer sem ser observar tal como no sonho em que te observava a chorares agarrada à minha mão depois da minha morte. Sei que enquanto não morreres nunca vou estar realmente morto pois a minha energia nunca iria sair de ti pois mesmo nos meus últimos momentos de vida a minha concentração estaria virada para ti. Nunca te disse mas gosto do teu olhar, gosto de quando me olhas, gosto de quando os nosso olhares se cruzam e um sorriso floresce. O meu olhar vazio ganha vida quando olho para ti e consigo ver de novo as cores que existem para alem do preto e branco. Talvez consigas lavar o preto que mancha a minha alma. Talvez consigas purificar-me. Talvez ai tenhas um motivo para gostar de mim. Talvez percebas o que eu já percebi à algum
tempo. Sei que os dias parecem anos sem ti aqui e sei também que os anos sem ti não passam de um dia. Não sei se algum vais perceber o porque de gostar de ti e gostava que pudéssemos trocar de pontos de vista para te puderes ver a ti própria como eu vejo e para eu me poder ver como tu me vês. Quero-te a toda a hora e não percebo porque é que as coisas têm que ser como são. Existem muitas coisa que ainda não percebo. Existem coisas que nunca vou perceber. Mas percebo que uma vida sem ti não é uma vida. O meu desejo não tem fim. O meu amor por ti é o meu pior castigo.

domingo, 19 de outubro de 2014

Pergunto-me se pensas em mim. Se sim, questiono-me se pensas em mim como penso em ti. Se sim, inquiro o porque de nunca falares comigo, o porque de não responderes quando demonstro por palavras que para mim és especial. Não vejo motivo para tal cenário acontecer o que me leva a acreditar que não sentes nem de perto o que sinto por ti. Fico um pouco deprimido quando penso que nunca vais sentir por mim o que sinto por ti, mas aceito, aceito porque compreendo o porque de não me amares. Para alem de ser teu amigo poucas qualidades tenho. Sou um rapaz fora do comum, tímido, e bastante irregular. O que realmente seria de questionar seria o porque de gostares de alguém como eu. Quando te vejo, vejo tudo aquilo que quero mas não posso ter, vejo tudo aquilo que és. Odeio sonhar contigo pois sinto que o meu cérebro me esfrega na cara que és aquilo que realmente nunca vou poder conquistar. Não uso a palavra "conquistar" com o sentido de "dominar" ou "ter" para mim, mas sim conquistar no sentido romântico de conseguir fazer com que quando olhes para mim me queiras ou que pelo menos gostes de mim. Faz quase três anos que sempre que te vejo, sempre que estou contigo sinto algo por ti. Não consigo combater esta vontade que tenho dentro de mim que cresce sempre que te vejo sorrir. Afastei-me de ti exactamente por saber que não ias sentir nada por mim. Afastei-me de ti pois pensei que te conseguiria esquecer. Por momentos pensei que sim, mas caindo agora das nuvens nas quais hibernava enquanto vivia numa mentira apercebo-me que não. A verdade é que gosto de ti à três anos. A verdade é que quando te vejo não consigo parar de olhar para ti e quando não te vejo não consigo parar de pensar em ti. Acho parvo ter tido a capacidade de ter tido uma namorada enquanto os meus sentimentos por ti, embora adormecidos, continuavam a bater no meu coração. A prova viva disso é que mesmo namorando quando olhava para ti sentia um aperto no coração e rapidamente esquecia o outro alguém com quem dividia a minha vida e só te via a ti. Sei que se não te tivesse posto a vista em cima nunca teria questionado se gostava ou não da minha antiga parceira. Sei que estou como estou devido ao que sinto por ti. Não sei como te dizer isto. Não sei se quero dizer-te isto. Não quero que fiques triste nem que penses coisas que te possam magoar. Prefiro esconder a verdade e aguentar para mim tudo o que te quero dizer, tudo o que tenho que dizer para quando de manha acordar poder sorrir de consciência livre. De saber que fiz tudo o que podia ter feito. Mas não, não consigo fazê-lo. Sempre que tento falho... sei que vais partir para uma nova vida, vais conhecer novas pessoas, vais ser desejada por outros homens e talvez um dia te apaixones e comeces algo com outra pessoa. Se algum dia isso acontecer sei que ficarei feliz por ti, porque gosto de ti e te quero ver feliz, mas não nego que gostava de ser eu a pessoa com a qual serias feliz nos dias pelos quais caminharíamos de mãos dadas. Gostava que quando olhasses para mim soubesses tudo aquilo que vejo quando olho para ti. Gostava...

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Vagueio nas ruas frias e pretas da cidade à qual chamamos de casa à procura de te encontrar ao virar da esquina. Tento evitar procurar-te durante o sono, mas sendo mais forte que eu, a vontade que tenho de te ver é tanta que acabas por me visitar à noite na minha cama. Durante a noite passas a ser uma criação da minha imaginação, uma amostra de um exemplar. Uma lembrança do teu perfume faz com te deseje ainda mais esta noite, quero estar contigo. Não só esta noite mas sim nas noites todas de inverno que se seguem e nos dias todos de verão que nos esperam. Tenho saudades do teu riso, o teu formoso riso, o riso angelical que salienta tão bem a tua beleza. Quero poder abraçar-te mais uma vez... quero cheirar o teu perfume através dos teus belos cabelos... quero olhar-te e contemplar a tua imperfeita perfeição de que tanto gosto. Tanto me faz se o sabes que quero ou não, nada me incomoda. Quero apenas chamar a tua atenção e nem que seja por momentos ter-te para mim nesta escuridão que me persegue à qual chamo de civilização que tanto me nega o direito de ser um livre cidadão. Não quero ser um livre cidadão, quero ser um livre Adão, livre de religião, apenas preso à tua paixão. Empurra-me e depois agarra-me. Diz que me aceitas e que me queres. Sou teu a qualquer altura que assim o desejares. Ajoelhado e de braços para cima espero que algo aconteça na minha vida que me junte a ti. Sei que devia de me levantar e seguir as minhas ambições, mas como posso eu seguir em frente quando as minhas pernas estão algemadas por um fio invisível ao qual chamamos de amizade? Poderia dizer que a podias cortar com uma faca, mas porque cortar algo que se pode abrir sem danificar? Usa a chave que guardas no teu coração e abre as portas que afastam os nossos corações um do outro. Sonho connosco.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Apôs ter visualizado um filme chamado "Autómata" despertei em mim um pensamento que o meu cérebro decidiu enterrar nas profundezas do meu subconsciente pois como sempre, o cérebro esconde aquilo que considera uma ameaça. Obviamente, apôs me ter despertado o interesse de falar nisto independentemente do que ele tente fazer para o voltar a enterrar não o vai fazer pois assim o desejo e como o cérebro, se treinado, faz aquilo que nós o mandamos fazer, assim o fará. Começando agora a falar do filme, neste filme vi o quanto o ser humano se considera "superior" ou de maior direito de existência e supremacia em relação a outras entidades. Como é óbvio esta forma de pensar é para nós, como espécie um pensamento que nós impede de nos tornarmos num ser ainda mais inteligente do que aquilo que somos. Como "seres superiores" deveríamos de preservar a paz e a vida, não só a nossa mas também de qualquer outro ser vivo. Se os outros seres vivos se alimentam apenas de aquilo que necessitam para sobreviver, porque é que nós sentimos a necessidade e o prazer de comer mais do que aquilo que conseguimos mastigar? Neste filme, o ser humano apôs deparar com um ser intelectualmente superior e sem limites de evolução, ao contrário de aprender com ele, pois faltava-nos a capacidade para tal, faz com que o ser crie restrições para a sua própria raça, criando protocolos que os impedissem de crescer como ser, tornando-os "escravos" do ser humano. Acharam-se no direito de o fazer pois acreditaram que os outros seres vivos serviam para os "servir" ou para ganharem algo em troca deles. Prazer, alimentação, divertimento. Acontece-se que o ser superior apôs ver o estado degradante em que o ser humano se dirigia decidiu remediar o que tinha feito à sua raça. Reverteu o 2º protocolo que dizia que nenhum robô se podia reparar nem ser capaz de ter consciência. Incapazes de ter consciência os robôs não podiam evoluir. Anulando este protocolo os robôs começaram a evoluir a uma velocidade extremamente veloz, a níveis intelectuais, que acabaram por superar o ser humano. Depois dos seres humanos descobrirem disto tentaram acabar com essa forma de vida, pois representava uma "ameaça" para a sua espécie, ou assim pensavam eles". O 1º protocolo dizia que nenhum robô poderia fazer mal a um ser humano e que deveria fazer de tudo para prevenir que algo de mal lhe acontecesse. Embora o 1º protocolo se mantivesse era extremamente irrelevante porque um ser "superior" não tem necessidade de usar a violência. Os robôs, incapazes de matar os seres humanos devido à sua extrema inteligência e sem qualquer tipo de instintos primitivos apenas observaram enquanto os humanos os matavam. Ao contrário de matar criaram outra forma de vida através da sua inteligência que seria a evolução da espécie robô actual. Esta espécie, ao contrário do que foi dito,  matou um ser humano que o tentava matar para prevenir a sua própria morte. Juntos, o único robô e o auge da evolução actual partiram para se continuarem a evoluir. No filme existem algumas partes que merecem ser referidas, tal como, numa cena em que um robô deparando-se com um humano com uma arma na mão que lhe está a dizer para se ajoelhar fica parado. O humano pergunta-lhe o porque de ele não o obedecer visto que ele era só uma máquina e a máquina responde que, Tu dizeres que eu sou "só" uma máquina é o mesmo que eu dizer que tu és "só" um macaco". Escusado dizer que o homem matou a máquina. Noutra cena o ser humano fala com a máquina e ambos discutem a diferença entre "sobreviver" e "viver", em que o humano diz que fazem o que fazem para sobreviver  mas que o robô responde que sobreviver não tem importância quando comparado a viver. Deparado com esta situação o humano ri-se e dá ao robô a ferramenta que é necessária para a criação da evolução da espécie, não só humana mas também robótica. Somos parvos em acreditar que o ser humano é o auge da evolução. Somos apenas mais um degrau numa escada infinita, uma escada cujo o destino é desconhecido. Somos só mais um ponto num universo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Tenho pavor de me tornar o solitário passarinho.
Receio ser o único pinto no ninho.
Tenho medo de estar sozinho.
Temo morar sem nenhum vizinho.
Tenho terror de acabar esquecido no meu cantinho.
Assusto-me em não ter alguém que queira o meu carinho.
Tenho fobia de me faltar o alguém com quem dividir o meu carrinho.
Preocupa-me dormir sem o teu miminho.
Tenho um sufoco quando penso em tornar-me no coitadinho.
O coitadinho do solitário passarinho, que mora no seu ninho, sozinho, sem nenhum vizinho, esquecido no seu cantinho, sem ninguém que queira o seu carinho, sem ninguém com quem dividir o seu carrinho.

domingo, 12 de outubro de 2014

Parecendo ridículo e altamente improvável de acontecer, com certos gestos e atitudes que tens tenho o pressentimento que tens medo de algo, medo que te ame, medo que não te ame. Qualquer um dos dois traz altos e baixos. Se for a primeira opção significa que, ou tens medo que te ame porque não me amas e não queres estragar algo que para ti é precioso ou tens medo que te ame porque também sentes o que sinto por ti e não sabes o que fazer. Se for por teres medo que não te ame vejo que pode ser por me amares e tens medo que não te ame, o que é altamente improvável, ou tens medo que não te ame porque gostas da forma de que trato mas não me amas . Analisando estas quatro opções que percorrem o meu pensamento como a agua percorre o regato qualquer uma delas me assusta. Passo então a analisar cada uma destas opções individualmente. Se tu não me amas mas se eu te amo sei que não te vou poder conquistar pois na tua mente não passo de um amigo para ti, quando digo que, "não passo de um amigo", não estou a menosprezar o significado da palavra "amigo" mas sim que gostava de ter algo mais para alem da amizade que já temos. Por outro lado, se me amas e se tens medo que eu te ame pois não sabes o que fazer lamento desiludir-te pois nunca na minha vida tive algum tipo de relacionamento fundado por pura amizade passasse por uma metamorfose e se transformasse em algo baseado em puro amor. Embora não saiba o que fazer gostava de ter a chance de poder descobrir o que fazer contigo a meu lado, como duas faces de uma moeda, gosta de quebrar o ciclo do yin e yang e fundirmos-nos em um só. Das três opções a terceira é a que mais desejo mas ao mesmo tempo fico triste se esta for a opção correcta, pois, se me amares e se não souberes que te amo significa que ainda não foste capaz de perceber as minhas mensagens subliminares. Tento mostrar-te que és única, tratando-te de forma diferente de qualquer outra mulher. Se foste incapaz de perceber isto até hoje significa que estou a fazer tudo errado e que tenho que arranjar outra forma de mostrar os meus sentimentos por ti. Talvez dar-te a chave que fecha o meu diário, deixar-te ler o fruto do meu pensamento e deliciares-te com tudo o que de belo vejo em ti. A ultima opção penso que não corresponde muito à tua maneira de ser, mas também é uma opção, não podendo assim descarta-la. Se gostas da forma como te trato sem me amares significa que ia ter que carregar aos meus ombros o peso de não deixar de ser o que sou para ti mas ao mesmo tempo não dar demais nem esperar nada em troca da minha maneira de ser por ti. Pensado em tal cenário fico um pouco entristecido, pois és tudo aquilo que quero, independentemente de estar acordado ou em hibernação o meu pensamento não me deixa de parar de pensar em ti. Sei que estou apaixonado por ti. Aguardo no nevoeiro de questões e possibilidades pela chegada de um sinal que ilumine o meu caminho em direcção a ti. Espero-te.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Incapaz de perceber as minhas atitudes e incapacitado de me conhecer verdadeiramente, paro, penso e falo comigo próprio em busca de respostas. Tal como um médico procura a doença no paciente, também eu procuro o "algo" que me deixa doente, não a nível físico mas sim a nível psicológico. Tal como projectando um som num vale a única resposta que recebo é exactamente o mesmo que perguntei. Percorro as extremidades do circulo vezes e vezes sem conta, encontrando no fim exactamente o mesmo com o que comecei. Nada. Admito que por vezes gostava de ser algo que não sou, mas se não o sou será que é realmente porque gostava de o ser? Acredito que temos dentro de nós a capacidade de mudar e de adaptar consoante certas situações. Se fosse da minha necessidade mudar será que não o faria? Se sim, a única explicação lógica seria que esta situação não requer que eu mude. Permaneço então aquilo que sou e que era. Ao contrário do que tinha feito anteriormente, não rondei mais o circulo, olhei-o de uma perspectiva maior, e vi-o por completo. Descobri então a resposta que procurava, descobri que o que procurava era nada mais nada menos do que obtinha quando gritava num vale, exactamente o mesmo de quando gritava. Sim, é exactamente isso. Quando se trata de psicologia, muita das vezes arranjamos problemas onde não existe nada. Acreditamos a tal ponto que temos algo, que esse algo se torna realidade. Por isso, a resposta é: "o que quer que seja que nós queiramos".
É difícil para mim expressar por palavras algo que não encontro significado escrever. A arte de perdoar e de saber pedir perdão, para mim, para além de ser difícil é extremamente importante, exigindo uma mudança de atitude ou uma demonstração física da palavra "perdão". Digo com isto que encontro na palavra "desculpar"ou "perdoar" um grande vazio, talvez pela minha falta de fé nas palavras do ser humano ou talvez ainda pela minha falta de credencial em geral. Quando te digo que não gosto que me peçam desculpa, digo-o com convicção e com sentimento. Como já disse anteriormente, acredito no que os meus olhos vêem e não no que sai pela boca dos outros. Embora estúpido esta regra não se aplica a tudo, pois, para mim, confiança é vital no meu dia a dia. Tendo amigos e família aprendi a confiar. Não só acreditar no que vejo mas sim também no que oiço quando o som é expelido pela boca nos quais ponho a minha confiança. Se com isto concluis que não confio em ti estás enganada. Porquê? Simples. Tanto de ti de como qualquer outra pessoa a palavra "desculpar" ou "perdoar" (e todos os derivados destas palavras), transmitem-me tudo menos o que é suposto. Por isso não te culpes por não conseguires adquirir o meu "perdão", porque eu também, não.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Sem te dares conta, os teus sentimentos reflectem-se no meu dia a dia. Rapidamente me apercebo do teu humor pois como em qualquer pessoa, mudas. Eu compreendo que é apenas comum termos dias maus, compreendo também que sem raiva não poderia haver paz e que sem tristeza não poderia haver felicidade, mas, embora compreenda isso, continuo a achar que com um riso na tua face e com a tua serenidade ficas mais bela. Não é que não te ache bela de qualquer modo, pelo contrário, ao olhar para ti nunca me fastio. Ao ver as curvas dos teus lábios se embicarem para cima o meu rosto ganha também um riso. Atrevo-me a dizer que o teu sorriso é contagiante para mim. Não sei se para outros também o é, mas com certezas te digo que os teus sentimentos batem em mim como um reflexo num
espelho e rapidamente reflicto o que me foi reflectido. Perco-me num mar de palavras e pensamentos quando acredito que o mais simples seria dizer que me conquistaste com a tua maneira de ser. Pensando melhor, não existe nada mais complexo do que o amor. Fico-me então pelas palavras e os pensamentos. Não te percas a meio da encruzilhada, mas, se algum dia te perderes, não te aflijas, eu serei o porto no qual poderás parar. Serei o farol que te iluminará o caminho para o teu destino. Faço-o não só por amor mas sim também como agradecimento por me dares a conhecer o teu verdadeiro "eu".

Numa vasta planície várias flores residem, numa vasta planície só uma flor reside em mim. Por ingenuidade colhi-a, por ingenuidade a matei aos poucos.
Uma pequena mas grande flor, com cores nunca antes vistas, estragada pela minha ganância e estupidez...
Colhi-a, fiquei feliz por ter encontrado uma flor como aquela, sem me aperceber aos poucos as suas únicas cores foram desfalecendo.
Sem cor, ou antes manchada pelas minhas escuras cores.
Sem cor e sem brilho a flor perdeu a sua beleza.
Devido à ausência de beleza voltei a coloca-la onde a tinha encontrado. Passado algum tempo a pequena grande flor voltou a ganhar as suas cores.
Na minha cabeça escrevi e com os meus olhos entendi que nunca uma flor deveria de ser colhida pois o lugar onde ela pertence não é nas minhas mãos ,não nas mãos de ninguém, mas sim no solo da planície.
Ao relento, ao livre. Atrevo-me eu a voltar a colher a flor, sabendo que o mesmo acontecerá?
Malucos são aqueles que fazendo os mesmos actos esperam um resultado diferente.
Ao invés de te colher vou apenas olhar, tocar, mas nunca retirar. Re-escrevo na minha cabeça, nunca mais colherei aquilo que a mim não me pertence. Nenhuma flor me pertence. Nada me pertence sem ser eu mesmo. Conhecendo o futuro impeço que o passado se volte a repetir e com isto mudo o futuro.
 Quando olho para ti sei que nunca poderás ser minha, nem de ninguém. Sei que és livre como o tempo. Sei que és única como a lua à qual olho todas as noites no céu, tento alcançar-te mas não consigo.