segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Sou uma agulha num palheiro,

Ninguém me vê, ninguém me olha.


Se desejar fosse um pecado,

Seria pecador supremo,

Afogado na ânsia por sentir algo.


Amor, amor que me trais,

Que me testas e desiludes,

Porque me assombras passado tantos anos?


Quero dormir eternamente,

Quero paz permanente.


Encontro-me ausente de vida,

Encontro-me perdido,

Os meus sonhos são reflexo do passado.


Visões amargas e traiçoeiras,

Levam-me no engodo que é imaginar,

Grito, grito e berro. Nada nem ninguém me escuta.


Parece que falamos línguas diferentes,

Ou, talvez, faltem línguas a muitos,

Pois quando falam a boca abre mas só sai de lá ruído,

Ruído para os meus ouvidos e para a minha alma,

Cada vez mais fria e desconsolada.





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