domingo, 27 de fevereiro de 2022

O tempo faz com que vá desaparecendo aos poucos,
Então mato-me para que suma de uma só vez,
Eu e todos os que fui gritamos em sintonia,
Gritamos até ficarmos roucos,
Amaldiçoou quem assim me fez,
A morte toca-me a sua sinfonia e nela encontro harmonia.

O tempo vai passando,
Enquanto eu vou caindo,
Cada vez mais fundo pelo limbo escuro,
Que triste e solitário é este pensamento obscuro.

Gostava de ser normal, mas não sou,
Gostava de me entregar, mas não me dou,
Gostava de ficar, mas a força abalou,
Gostava de gostar, mas o meu coração parou.

E se o propósito é nulo,
Eu sou mais vazio ainda,
E, todas estas palavras que articulo,
Demonstram a ausência na minha vinda.

Talvez ganhe coragem para o fazer,
Ou, talvez, a coragem seja cobardia,
Tudo o que sei é que a minha alma permanece fria,
Quem me conseguir esquecer,
Sim, que me dera conseguir apagar da minha mente,
Os fracassos e frustrações,
Mas, nunca fui crente,
Nem nunca recorri a orações.

Ninguém me entende,
Já nem isso me surpreende.

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