O fim está próximo,
Próximo de mim,
Este fim, que é só meu,
Aguarda para me segurar nos seus braços.
Morte fria, mas desejada,
Leva-me para o outro lado,
Acaba com a minha inutilidade,
Dá paz aos que por mim se preocupam.
O peso das responsabilidades, das críticas e expectativas é demasiado,
Embora tente, tente e tente, nada muda,
Permaneço inerte e catatónico face ao que acontece.
Gostava de chorar, talvez isso me aliviasse.
Não consigo chorar mais,
O meu poço secou,
A água desapareceu, levando com ela todas as minhas esperanças.
Os meus sonhos, melancólicos e monótonos,
Retratam uma vida onde já não existo.
Não minto quando digo que anseio para que isso aconteça.
Estou com frio e já não vejo nada à frente,
Olho para trás e vejo a mesma coisa... nada.
Sou só mais um que nada sem objectivo,
Para além de sobreviver.
Se não me permito viver,
Para quê respirar?
Para quê tentar?
Agonizo acompanhado pela solidão e o vazio à minha volta.
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