terça-feira, 1 de julho de 2025

quero que me procures,

quero que me queiras,

anseio um momento que pode nem acontecer,

desperto sem despertador,

desperto com a dor,

de perder alguém que já se perdeu.



vejo nitidamente a nebula que me circunda,

que me cega e afunda,

num pensamento cíclico,

viciante, delirante,

opressor e redundante.



se no escuro vejo melhor,

prefiro ir para o claro,

para o brilhante e cintilante,

de forma a nem ver nada,

nem mesmo tu,

fantasma que me atormentas.



lanças, sobre mim,

uma escuridão tamanha,

grande ao ponto de tapar a minha sombra.



agitas a água que reflete a minha face,

turva e desfigurada,

fazes, de mim, marionete,

feita para ser manipulada,

por ti apenas.

 

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