quero que me procures,
quero que me queiras,
anseio um momento que pode nem acontecer,
desperto sem despertador,
desperto com a dor,
de perder alguém que já se perdeu.
vejo nitidamente a nebula que me circunda,
que me cega e afunda,
num pensamento cíclico,
viciante, delirante,
opressor e redundante.
se no escuro vejo melhor,
prefiro ir para o claro,
para o brilhante e cintilante,
de forma a nem ver nada,
nem mesmo tu,
fantasma que me atormentas.
lanças, sobre mim,
uma escuridão tamanha,
grande ao ponto de tapar a minha sombra.
agitas a água que reflete a minha face,
turva e desfigurada,
fazes, de mim, marionete,
feita para ser manipulada,
por ti apenas.
Sem comentários:
Enviar um comentário