a amargura ainda é recorrente,
o sol, ausente permanentemente,
eu? continuo desapegado do presente,
o tempo é a minha gaiola,
sou o pássaro que a habita,
preso no que me desabilita.
o descontentamento é enorme,
a escuridão é avassaladora.
mente que nunca dorme,
alimenta a voz da minha cantora,
aquela que me canta desconsolada,
e que mantém a minha boca cerrada.
a vida está cheia de coisas boas,
mas não sou uma delas,
uma dessas iluminadas pessoas,
que abrem portas e janelas,
sem questionar o porquê de o fazerem.
se a vida foi feita para a viverem,
porque é que a morte me atrai?
tornei-me na primeira gota que cai,
sempre que o céu chora.
talvez um dia consiga ir embora.
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