afundo-me cada vez mais profundamente quando sonho,
sim, quando sonho caio.
caio no vazio que é o pensamento,
no nada que é viver.
em tempos, foste fonte de prazer,
foste a moleta que segurei para não cair.
por isso, hoje que a moleta me falha,
permaneço numa queda constante.
sumir por uns tempos não basta,
preciso de desaparecer,
talvez me esconda noutra saia,
uma que me ajude a esquecer.
esquecer-te, não durante uns tempos,
mas permanentemente.
a geada fere a minha alma,
corrói o meu ser,
tapa-me a vista,
atira-me para o escuro,
onde fico até que me encontres.
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