Introdução:
Nos seguintes dias irei investir o tempo necessário para uma boa iniciação de um projeto, longo e difícil. A ideia que tentarei recriar, em formato digital, é a narração de uma história onde o leitor poderá participar no desenrolar dos acontecimentos e interagir com as restastes personagens através de opções, boas ou más, se é que escolhas boas ou más existem. Faço um apelo à consciência de cada um de vós, leitores, ao escolherem os caminhos que seguirão. Em cada opção, na vida real, criam-se dois, ou mais, universos onde cada um desses universos é o continuar de inúmeras histórias diferentes, mas paralelas, da nossa . Na decisão virar à direita ou virar à esquerda, numa bifurcação, perdi um conjunto de sequencias e ações que se seguiriam à minha outra escolha. Vou tentar partilhar, convosco, o peso de saber que não sou nada mais, nada menos, que as escolhas que fiz. O individuo é o resultado das escolhas que fez, no passado, e do que fará, no presente e futuro. Penso, cada vez mais fundo, que o verdadeiro Henrique morreu na sua primeira bifurcação. Rasgado quando se dividiu em dois no seu primeiro ato, o Henrique deu à luz a dois ou mais novos Henriques, este processo repetiu-se e imolou-se, dando começo à morte regular e à nascença forçada. Ao acordar convicto que sou apenas um de muitos "eus", espalhados em múltiplos universos, não consigo deixar de me questionar, quanto mais de mim preciso de perder? Quanto mais de mim preciso de dar? Um boneco de vídeo jogo, um elefante num circo, um show de televisão futurista, uma marionete, sou e somos tudo isto, a meu ver. Fique sempre atento ao seu ambiente, pois até os pequenos detalhes poderão ter importância entre a morte e a vida, o amor e o desespero. Aconselho-vos a participarem nesta atividade apenas quando estiverem capazes de estar atentos. Desejo-vos uma boa leitura, e perguntem-se, quem sou eu?
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