menina de cabelos castanhos,
tens me na palma da tua mão,
danço ai mesmo, fios nos teus dedos,
sou uma marionete, tempos estranhos,
quadro estilhaçado no chão,
ponho de lado os meus medos.
menina de cabelos estranhos, onde está o teu pensamento,
será que resido nele, mesmo que por um breve momento?
sensação de queda constante, coração cintilante,
borboletas nascem quando caminhas, observar-te é reconfortante.
casa virada do avesso, furacão desejado,
cabeça nas nuvens, resultado esperado.
luzes apagadas, guio-me pelos ouvidos,
melodia dramática e angelical,
passo a passo, vou ao teu encontro,
recordo-me do passado, momentos bem vividos.
obstáculos cruzam-se no meu caminho, altura crucial,
pernas correm, anseio o reencontro.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
desde o primeiro dia que falamos até ao dia de hoje sempre me senti atraído por ti. com o passar do tempo comecei a sentir mais afeto, carinho e paixão por aquilo que és para mim e pelo que representas. não consigo deixar de pensar no quanto tempo perdi sem ser honesto comigo mesmo. sei que o que sentes por mim é próximo de como vês um amigo e não espero, com isto, que os meus sentimentos sejam correspondidos neste processo. preciso de trabalhar o dobro para compensar o tempo perdido e não me sinto digno de sentir o que sinto. temo que isso só mude quando consiga acompanhar o teu passo. se tudo correr bem de aqui a 6 meses vou deixar de te ver. e sei que tudo vai correr bem na tua entrada no mestrado. acredito mesmo quando digo que não nos devemos de ver mais pois se quando foste minha colega de curso, durante três anos, nunca senti que fosse do teu interesse aceitar algum dos meus convites em que é que a minha ausência vai ajudar? não fico chateado com isso mas admito que me magoa. visto que não posso evitar sofrer pelo menos quero evitar um futuro arrependimento e se algum dia te voltar a apanhar prometo que vais conhecer alguém que te vai surpreender. espero um dia entrar no teu circulo mas esse dia não precisa de ser hoje ou amanha. talvez esse dia nunca precise de acontecer. de qualquer das formas quero que saibas que gosto de ti como nunca gostei de alguém. voa com as asas que sempre tiveste e nunca usaste. brilha e ilumina pois tens a capacidade de o fazer. és o anjo que me protege durante pesadelos.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Introdução:
Nos seguintes dias irei investir o tempo necessário para uma boa iniciação de um projeto, longo e difícil. A ideia que tentarei recriar, em formato digital, é a narração de uma história onde o leitor poderá participar no desenrolar dos acontecimentos e interagir com as restastes personagens através de opções, boas ou más, se é que escolhas boas ou más existem. Faço um apelo à consciência de cada um de vós, leitores, ao escolherem os caminhos que seguirão. Em cada opção, na vida real, criam-se dois, ou mais, universos onde cada um desses universos é o continuar de inúmeras histórias diferentes, mas paralelas, da nossa . Na decisão virar à direita ou virar à esquerda, numa bifurcação, perdi um conjunto de sequencias e ações que se seguiriam à minha outra escolha. Vou tentar partilhar, convosco, o peso de saber que não sou nada mais, nada menos, que as escolhas que fiz. O individuo é o resultado das escolhas que fez, no passado, e do que fará, no presente e futuro. Penso, cada vez mais fundo, que o verdadeiro Henrique morreu na sua primeira bifurcação. Rasgado quando se dividiu em dois no seu primeiro ato, o Henrique deu à luz a dois ou mais novos Henriques, este processo repetiu-se e imolou-se, dando começo à morte regular e à nascença forçada. Ao acordar convicto que sou apenas um de muitos "eus", espalhados em múltiplos universos, não consigo deixar de me questionar, quanto mais de mim preciso de perder? Quanto mais de mim preciso de dar? Um boneco de vídeo jogo, um elefante num circo, um show de televisão futurista, uma marionete, sou e somos tudo isto, a meu ver. Fique sempre atento ao seu ambiente, pois até os pequenos detalhes poderão ter importância entre a morte e a vida, o amor e o desespero. Aconselho-vos a participarem nesta atividade apenas quando estiverem capazes de estar atentos. Desejo-vos uma boa leitura, e perguntem-se, quem sou eu?
Nos seguintes dias irei investir o tempo necessário para uma boa iniciação de um projeto, longo e difícil. A ideia que tentarei recriar, em formato digital, é a narração de uma história onde o leitor poderá participar no desenrolar dos acontecimentos e interagir com as restastes personagens através de opções, boas ou más, se é que escolhas boas ou más existem. Faço um apelo à consciência de cada um de vós, leitores, ao escolherem os caminhos que seguirão. Em cada opção, na vida real, criam-se dois, ou mais, universos onde cada um desses universos é o continuar de inúmeras histórias diferentes, mas paralelas, da nossa . Na decisão virar à direita ou virar à esquerda, numa bifurcação, perdi um conjunto de sequencias e ações que se seguiriam à minha outra escolha. Vou tentar partilhar, convosco, o peso de saber que não sou nada mais, nada menos, que as escolhas que fiz. O individuo é o resultado das escolhas que fez, no passado, e do que fará, no presente e futuro. Penso, cada vez mais fundo, que o verdadeiro Henrique morreu na sua primeira bifurcação. Rasgado quando se dividiu em dois no seu primeiro ato, o Henrique deu à luz a dois ou mais novos Henriques, este processo repetiu-se e imolou-se, dando começo à morte regular e à nascença forçada. Ao acordar convicto que sou apenas um de muitos "eus", espalhados em múltiplos universos, não consigo deixar de me questionar, quanto mais de mim preciso de perder? Quanto mais de mim preciso de dar? Um boneco de vídeo jogo, um elefante num circo, um show de televisão futurista, uma marionete, sou e somos tudo isto, a meu ver. Fique sempre atento ao seu ambiente, pois até os pequenos detalhes poderão ter importância entre a morte e a vida, o amor e o desespero. Aconselho-vos a participarem nesta atividade apenas quando estiverem capazes de estar atentos. Desejo-vos uma boa leitura, e perguntem-se, quem sou eu?
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
ao levantar o queixo:
ao deixar voar o balão que agarrava, chorei,
chorei extensamente e harmoniosamente,
no cair das lagrimas eleva-se-me o espirito,
largo, agora, o sentimento que sempre guardei,
olho para o copo, já partido. mente ausente,
coração extraditado, diário escrito,
verdadeiro e transparente, desordeiro e descrente,
saltos profundos e palavras trocadas,
sombra avassaladora e permanente,
tetos quebrados em noite de chuva,
barriga vazia. caricias roubadas,
cama solitária, alma viúva.
sonhos morrem, esperança nula,
ondas imprevisíveis e avassaladoras,
levem-me para o quente dos braços dela.
a fadiga instala-se, cansaço que se acumula,
o corpo corroí, forças inibidoras,
vento que apaga a chama da vela.
escuridão total, grito perdão,
ao falhar em agarrar as tuas costas,
as pernas desistem, caio ao chão,
rastejo até à meta, emoções expostas,
embora o corpo desista, a mente luta,
fé que é inabalável, o destino disputa.
treinos recorrentes e necessários,
baladas fortes e cativantes,
dedos entrelaçados, olhares revigorantes,
cria-se uma historia de autores notários.
continua a caminhar, hei de te apanhar,
este é o futuro que quero criar,
quero acompanhar-te, faça tempestade ou solstício,
aceito o sacrifício.
o despertar de uma flor tímida,
o partilhar de um apelido.
Realidade que quero fabricar,
braço que quero alcançar.
domingo, 12 de janeiro de 2020
Porquê ouvir o chamamento precoce? Talvez por aquilo que em ti vi, talvez não, talvez pelo que imaginava que fosses. Não sei se sei, não sei se soube, gostava que fosse fácil de entender. Talvez por não saber controlar um coração que se perdeu no instante em que te viu. Hoje em dia? Também não sei, não sei o que é sentir. Talvez por seres quem és, pelo que foste. Talvez toda esta atração por ti se deva à inocência de um rapaz rodado e adulto, talvez. Talvez seja o mundo que vive no teu olhar, talvez. Talvez seja pelo que nunca conhecera, pelos tempos em que procurara sem saber o que buscara. Deixei de procurar, não tinha mais sentido. Obrigado por olhares por mim. Obrigado por teres acreditado em mim, por me teres reconhecido, por teres escutado quem sou. Não sei o que é sentir. Pensei que ao falar me entendesses, talvez, não sei. Talvez uma boca fechada guarde uma queda desnecessária. Talvez um coração cego te deixe de sentir. Se conseguisse expressar com um olhar aquilo que não sei dizer... talvez percebas, talvez não. Espero que não saibas, ainda tenho que crescer. Evoluir e enriquecer. Talvez um dia me sinta digno, talvez um dia seja o que posso ser. Até lá, mais vale tentar esquecer.
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