quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Gritos de desespero oiço
Vozes ocas que ousam falar o teu nome
Tento agora calar a insaciável fome
Para cima e para baixo viaja o baloiço

Como posso eu deixar de viver tudo
Quando na realidade não vivi nada
Sinto que no coração levei um facada
Tento calar este barulho agudo

Um vazio de nada preenche a minha mente
Sem vontade de comer ou viver
Talvez um dia venha a conhecer
Apagou-se a chama que era ardente

Vem agora a meu encontro
Vê e aprecia agora o melhor confronto
Um confronto entre eu e mim
Nunca pensei viver assim

Respiro água que me enche os pulmões
Nado num mar de duvida
De nada me serviram as orações
Perante os meus olhos a minha alma foi ceifada

Não existe nada que eu possa fazer
Para o meu futuro mudar
Para os meus sonhos concretizar
Para deixar de te querer

Arde me agora algo cá dentro
Começa agora a contar o cronometro
De aqui a ali procurei
Nada encontrei

Espero pelo dia que se cale este sentimento
Que dê a vez a outro sentimento, um com melhor argumento
Um que me possa voltar a dar aquilo que queria
Algo que aumente aquilo que sentia


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