sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Num mar de possibilidades infinitas encontrei-te, não na espontaneidade do momento mas sim no finito tempo. É engraçado ter-te encontrado pois embora não o demonstre com muita frequência tu tens aquilo que eu sempre procurei. Transmites-me vida quando te vejo e a tua alma aquece esta minha alma fria. És uma alma amiga, honesta e colorida. És uma pessoa integra, paciente e trabalhadora. Olho para ti como uma criança olha para o seu herói, és tudo aquilo que eu gostava de ser. Tenho por ti um respeito digno só de ti. Lembras-te quando te disse que gostava de ti? É verdade. Tu fascinas-me com o teu ser. Levaste-me a crer que o mundo não é assim tão mau. Contigo aprendi que nem todas as mulheres são iguais. Nem todas são o que eu pensava que eram, e tu és uma dessas excepções que só se encontra uma vez na vida. Gostava de te abraçar mas os meus braços não tem força para te segurar. Gostava de te dar um beijo na testa só para que soubesses que tudo está bem. Gostava de voltar a sentir-te nos meus lábios. Gostava de puder cheirar a tua essência para o resto da minha vida. Obrigado por seres quem és e não te deixes corromper por ninguém nem por nada apenas sê tu até ao resto da tua vida.

(nota digna de ser escrita)  Se formos solteiros aos 40 já sabes o que te espera ;), love you very much.


Um rapaz com um dom especial vive neste mundo, fictício, criado na minha mente. Vou chamar a este rapaz de mister "?". Este rapaz não tem nome porque nem a minha insanidade se atreve a dar nomes a pessoas cuja vida reside noutra. O mister "?" tem o dom de ver o que as pessoas são por dentro pois cada pessoa tem uma aura diferente. Os seus olhos captam cores a sair dos corpos das pessoas formando uma aura à sua volta. Preto de ódio, cinzento de insegurança, vermelho de inveja. Estas eram as cores mais presentes nas pessoas. Misturas de umas com outras, não interessa. Cada qual com a sua cor, feita de misturas de cores, que habitam no seu interior. Este rapaz sabia que a sua aura era incolor, pois quando olhava para si próprio não via nenhuma cor. Uma vastidão de nada cobria-o nas incertezas que a sua mente vivia. Olhava sempre para o chão, pois para que olhar para cima quando tudo o que se vê reside na escuridão. Ideias corriam na mente deste rapaz, vozes até, algumas vinham de fora, como se esperassem um momento de fraqueza para se entranharem nos subúrbios do seu ser. No meio destas vozes todas uma delas chamava-lhe a atenção. Era uma voz doce que sussurrava um nome. Um nome de grande importância que não me atrevo a pronunciar. Um tesouro escondido. Um amor perdido. Que memoria é esta que se perdeu com o tempo? Porque é que sinto medo só de espreitar pela porta semi-fechada? Voltemos para o mister "?", existe uma história, de felicidade, que gostava de compartilhar convosco. Tanto eu como o rapaz sem nome vivemos isto. Creio que a uma determinada altura da nossa vida de nada algo fez com que o relógio que estava parado começasse a andar de novo. Quando um anjo vimos. Finalmente, algo diferente. O mister "?" viu a saírem deste ser  uma cor branca, azul clara e amarela florescente. Embora esta alma fosse boa ele reparou também que alguma incerteza e mágoa a perseguiam. Foi nesta altura que ambas as nossas vidas mudaram.
Todos me dizem para seguir em frente
Como posso eu ver o que está à minha frente
Quando tudo o que consigo fazer é olhar para trás
Estes sentimentos que a mim me dás
Quando te revejo todas as noites nos meus sonhos
Quando o passado vivo feliz me encontro
Penso no nosso reencontro
Penso em tudo aquilo que fomos

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Gritos de desespero oiço
Vozes ocas que ousam falar o teu nome
Tento agora calar a insaciável fome
Para cima e para baixo viaja o baloiço

Como posso eu deixar de viver tudo
Quando na realidade não vivi nada
Sinto que no coração levei um facada
Tento calar este barulho agudo

Um vazio de nada preenche a minha mente
Sem vontade de comer ou viver
Talvez um dia venha a conhecer
Apagou-se a chama que era ardente

Vem agora a meu encontro
Vê e aprecia agora o melhor confronto
Um confronto entre eu e mim
Nunca pensei viver assim

Respiro água que me enche os pulmões
Nado num mar de duvida
De nada me serviram as orações
Perante os meus olhos a minha alma foi ceifada

Não existe nada que eu possa fazer
Para o meu futuro mudar
Para os meus sonhos concretizar
Para deixar de te querer

Arde me agora algo cá dentro
Começa agora a contar o cronometro
De aqui a ali procurei
Nada encontrei

Espero pelo dia que se cale este sentimento
Que dê a vez a outro sentimento, um com melhor argumento
Um que me possa voltar a dar aquilo que queria
Algo que aumente aquilo que sentia


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Como se um sopro se ouvisse no barulhento vento que passava naquela rua onde tudo começou. É verdade, foi naquela rua onde a viu, que o significado de amar sentiu. À primeira vista o meu coração conquistou. Quando os seus olhos se encontraram com os dela o jovem sentiu, que, tal como ele, esta rapariga era perseguida por um demónio. É o culminar do facto de permanecermos muito tempo sozinhos. Não fisicamente mas espiritualmente. Eram apenas duas almas danificas que se atraiam. O demónio que a perseguia era diferente do demónio que perseguia o rapaz, james era o seu nome. Para james esta rapariga que só conhecia de vista já tinha um peso enorme na sua vida. Ela era tudo o que ele queria. Ela era a rapariga dos seus sonhos. A única que ele realmente amava. Como poderia James fazer chegar os seus sentimos ao coração dela, pensava James enrolado nos seus pensamentos. Acordou. James acordou, num quarto vazio, escuro, sem qualquer tipo de luz a penetrar as solidas paredes feitas por pedras de quartzo. Um lapso de memoria tinha acontecido. "Como vim a parar aqui? "pensou James. James procurou às cegas uma porta um maçaneta para conseguir fugir do quarto até que finalmente a encontrou. Uma maçaneta. Fria e cheia de confiança. "Por favor abri-me esta porta, deixai-me passar para o lado de lá". Com firmeza e delicadeza James rodou a maçaneta. Ao abrir a porta lentamente James repara a que há um caminho de sangue que se vai aumentando à medida que ela a abre. Ao abrir a porta por completo James ficou congelado, veio-lhe  o vomito à boca e vomitou. Era um corpo de uma mulher mutilado, com uma corda preza ao pescoço da mulher.