segunda-feira, 8 de junho de 2015

Fantasmas já não persigo
Tornar-me num fantasma consigo
No teu fantasma me tornei
E assim fiquei

Conquistei o meu interior
Os demônios enviei para o exterior
De tanto conviver com eles num deles me transformei
Algo que não percebia mas agora sei

Tentei fugir de mim mesmo
Mas a sombra seguia-me até à escuridão
Vou para a cama e lá fico de plantão
Já não tento fugir de mim mesmo

Nas ocas e secas lagrimas que choro
Um quadro elaboro
O teu rosto já desfocado
As memorias vão se partindo bocado por bocado

A tua presença ainda sinto
Nos mais negros dias de luz
O meu coração no escuro pus
Paro, penso e reflito

Só precisas do ar que respiras,
Só precisas do ar que respiras.
Para viver com certeza
Convivo com a tristeza

No fundo bati e ainda cá estou
"Quantos dias ele aguentou?"
Todos os dias do friorento verão
Todos os dias amenos do inverno
Como algo partido e inútil me verão
Vivo um diário inferno

Porque é que não te vais embora?
Afasta-te do meu ser e não voltes
Felicidade me deste outrora
Vivo em vários passados constantes

Quero cair num poço
Quero morrer num fosso
Todas estas vozes calar
Para mais um dia ficar






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