sou só mais um parasita,
mais um gato que bebe da sanita.
fala-me de um ser humano que nunca errou,
e falar-te-hei do quão insano te tornaste.
o tanto que me odiaste,
acabou por ser alimento para o meu solo,
estas são as noites em que desconsolo...
alianei-me da responsabilidade,
de ser filho, mesmo que ingrato,
afastei-me da realidade,
de que vícios devem ser auto-sustentados.
quando um filho é inútil,
como será que que os seus pais se sentem?
sou inútil, exclusivamente inútil,
questiono se algum dia conseguirei ser útil.
as pessoas mentem,
eu? não sou diferente.
falho diariamente,
repetidamente.
o tempo morre e passa,
eu morro e passo,
só não passa a vontade quase escassa,
de tocar violino no meu braço.
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