quinta-feira, 7 de outubro de 2021

se o mundo fosse acabar,

gostava de partir contigo em vista,

pois nada é mais importante para um artista,

do que a obra que nos faz sonhar.


quando sonho, sonho contigo,

imagino um mundo onde posso ser teu amigo,

ver-te crescer é algo que desejo,

e que belo futuro prevejo.


este meu desejo de te conhecer,

é motivo suficiente para me erguer,

nunca conheci alguém como tu,

pergunto-me que mistérios encontraria dentro do teu baú.


quando penso em ti ganho asas,

apago brasas,

fico com sede de mais,

como o sol, atrais.


neste momento, sou a terra que te circunda,

de todos os pensamentos recorrentes que tenho,

és o único que não me afunda,

e que melhora o meu desempenho.


escrevo isto tudo com um só propósito,

transformo as linhas do meu caderno num compósito


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

hoje sonhei contigo,
surpresa agradável,
sonhei que te encontravas comigo,
num sitio não tao provável.

mostraste-me o lado bom do ser humano,
explicaste-me que nem todos os risos são engano,
não por palavras, mas pela tua maneira de ser,
gostava que um dia conseguisses ver,
com esses teus olhos que não falam meias verdades,
tudo aquilo que despertaste em mim sem te aperceberes.

será que me consegues entender sem me leres?
somos pessoas com diferentes realidades,
olho para ti como quem olha para uma obra de arte,
ou como quem observa marte,
sei que nunca serei para ti aquilo que és para mim,
tu és o começo enquanto eu sou o fim.






sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Devo muito à minha caneta,
Agarro-a e escrevo com ela,
A sua tinta é preta,
Nos dias em que nem abro a janela.

Esta caneta reflete aquilo que sinto,
Através dela, nunca minto.

Agradeço-lhe por todo o tempo em mim investido,
Sempre que deixo que ela me controle,
Ela não deixa que me descontrole,
Mesmo nestas noites em que não tenho dormido.

Vejo através do som que se cria,
Quando a sua ponta acaricia a folha.

O seu toque é suave como a brisa de outono,
Para quê abrir os olhos quando a tenho como guia?
A sua presença reveste-me numa bolha.

Escuto-a enquanto preencho as linhas do caderno,
Ela é como roupa em dias de inverno,
Compreendo agora que nunca estarei só,
Somos faces diferentes do mesmo dominó.