terça-feira, 14 de agosto de 2018

Chuva miúda no passadiço
Lágrimas escorrem pelos canais que levam aos esgotos
Bebo de uma garrafa cujo seu conteúdo me ajuda a dormir
Pois a minha mente é atribulada e não me deixa dormir
Porque no estado mais profundo do meu inconsciente. tu resides
Nos meus sonhos te encontro, nos meus sonhos te toco

Corro sobre cascos de vidro
Soco as paredes 
Grito em desespero
Pinto sempre o mesmo quadro
Embrulho-me nas redes
Há quem diga que é exagero
Isto que sinto
Dizem que minto
Sinto os pés a tremer
Os dentes a ranger 

Não posso ser eu quem esperas
Sou apenas um solitário Homem
É sufocante, ser o teu fantoche´
Pensamentos obsessivos 
Só vejo preto no branco
Sou limitado pelas minhas crenças
Sou condenado pelas minhas doenças

Não consigo exprimir o quanto te quero
Não consigo entender o porque de te amar
Dois corações desecontrados
Vitimas da distância

Sinto nos ombros um peso colossal 
Mesmo quando já os braços estão caídos
Quando os calcanhares já estão rendidos
Sinto uma força abismal

Por muito que vagueie
Mesmo que conheça inúmeras pessoas
Nenhum delas me preenche como to me preenches´
Compreendo que forcei
Pensei que podássemos contar historias boas
Fecho os olhos e começam os flashes

Eu sei que quando me olhares na alma
Todas essas duvidas sumirão
Todos os teus receios
Todas as tuas angustias
Fui eu que as originei
Mas sei também que para além de tudo isso
Também te dei coisas boas
Porque para mim, és a tal

Como posso eu explicar-te da importância que tens para mim
Se me negas a hipótese de te-o mostrar?

HSMC

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