domingo, 4 de setembro de 2016

Vivo na intermitência do real e do fictício. Vivo uma solitária vida acompanhado pelos de mais gosto. Vai passando o tempo e com este fenómeno a solidão vai entrando. E ai vem ela, silenciosa e matreira. Sinto-me como se estivesse vazio. Já não encontro sentido nas coisas nem propósito. À medida que vou caminhando pela sombria noite deparo-me com guias, pequenas pistas que me indicam para o caminho certo. Aos poucos apercebo-me de que ninguém partilha a mesma forma de pensar que eu. O certo do errado. O indicado do achado. Assim vou perdendo pessoas de quem gostei e pessoas de quem ainda gosto. Nem sempre por querer ou por ser a coisa certa mas sim por ser o que tem que ser feito. Não tenho medo de percorrer o meu percurso sozinho, privado de ter alguém que me acompanhe, que me dê a mão, ou me mostre o caminho. A partir de aqui para a frente vou ser só eu. Vou ter que demonstrar o que consigo fazer concretizar, e, possivelmente, fazer com que os que ainda acreditam em mim se sintam orgulhosos de mim. A primeira etapa para ajudar os outros é ajudar-me primeiro, quanto mais o depressa o conseguir fazer vou ter mais espaço para outros na minha vida. Até lá, inexistente amigo.

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