terça-feira, 28 de junho de 2022

deus escreve em linhas tortas,

já eu, escrevo sem linhas,

encontro-te no meu caderno sem folhas,

onde revivo memorias mortas,

e coisas que são só minhas.


vivemos todos em diferentes bolhas,

somos fruto do pecado,

fomos luz, fomos seda,

hoje em dia? somos amargos,

já nem gostamos de fado,

tristes são as visões que o mundo segreda,

para aqueles com elevados cargos.


a tristeza já não me acompanha,

a bruxa já não me arranha,

no entanto, a felicidade sumiu com ela,

acabou-se a excitação,

o sorriso espontâneo morreu,

juntamente com as recordações dela.


tamanha é a dor da traição,

de quem nunca foi meu.