terça-feira, 25 de abril de 2017
Estou confuso. Não se hei de acreditar no destino ou não. Sei que, não acredito num conjunto de variáveis constantes que não mudam independentemente do que façamos. Acredito que através de gestos e atitudes podemos traçar um caminho, que não está escrito nas costas do destino ou numa folha de papel em branco. Mas, embora tenha dificuldade em acreditar que o meu destino já esteja traçado, quando encontro o amor e o tento agarrar ele escapa-me pelos dedos. Quando finalmente encontro algo que faz com que o meu relógio comece a andar, peço a Deus para que ele pare. Porque? Porque sempre que sinto magoo-me. Eu compreendo que é um preço a pagar para um dia sentir felicidade. Mas a realidade é que a felicidade que obtenho vem de um mundo que não existe. Um plano astral criado pela minha mente para escapar a dura realidade que vivo. Quando me permito sentir o meu coração é inundado de sentimentos negativos. O medo do fracasso. A fobia da desilusão. E tudo isto acontece ao mesmo tempo, abstinente de sonhos, o meu mundo começa a ficar cada vez mais escuro. Olho em meu redor e vejo tudo o que sonho ter. Sorrisos, amor, esperança. Como posso eu rir quando só tenho vontade de chorar e gritar. Como posso eu amar sem nunca ser amado em retorno. Como posso eu ter esperança quando tudo o que eu sempre quis me é tirado em prole de algo que não compreendo. Temo que tudo isto seja a consequência do futuro que tracei por mim mesmo. Ao decidir que a minha felicidade valia menos do que a dos outros, comecei a troca-la por todos os que amava. Agora tudo o que tenho são os sorrisos dos outros. Custa-me viver assim. É este o meu destino? Escalar as escadas da vida sem um ombro amigo para me apoiar? Pergunto-me quanto mais tempo vou aguentar assim.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Estranho seria ler uma página branca. Não sou estranho. Sou diferente. Gostava de dizer que no meu mundo mando eu mas não é essa a realidade. A realidade é o que sinto. A minha realidade. Estou adormecido à muitos anos, já nem sei o que é sentir. O prazer de rir, a necessidade de sentir. Acordo apenas para encontrar que o meu relógio emocional não anda nem desanda. Então apôs muitos anos de tentar, sem qualquer resultado, deixei os meus braços cair. Desisti de um dia acordar e vir a amar. Magoado e frustrado. Assim vivi. "Eu não sou um romântico por natureza. Eu nunca permitiria a mim mesmo ser dessa forma, mas ao sentir uma vez, mesmo por um momento, o que senti por ti, tu arruinaste-me, eu não me quero contentar com menos. E isso assusta-me.". Eu não a conheço, nunca perguntei ao meu anjo qual o seu nome. Não faço ideia se o teu coração já pertence a outro, ou se ainda te pertence a ti. Gostava de te dizer que o meu ainda consta no meu peito, mas se assim o disse-se, estaria a mentir. Suavemente e com carinho senti uma mão quente e amiga, a acariciar-me o interior. Senti paz e tranquilidade. Sem dar conta na altura, descobri que o meu coração já não era meu. "Então de quem será?", questionei-me eu. Pensei e reflecti, o que descobri não tinha qualquer relevância. Então pensei que talvez o coração se tivesse cansado de se sentir só e sem amor e do meu interior se tivesse farto. O que eu não esperava era encontrar o meu anjo caído, no café ao pé da minha casa. Não sei o que fazer. Apenas sei que quero falar com este anjo. Conhece-lo, entende-lo. Sei que a resposta para a pergunta à qual me questiono todos os dias está contigo. Sei que se te conhecer o meu coração encontrarei.
quinta-feira, 13 de abril de 2017
"Odeio raparigas bondosas. Basta uma troca de palavras que fico nervoso. Mandar mensagens ainda o torna pior. Basta recebermos uma mensagem delas que nos faz o coração fraquejar. Se recebermos uma chamada delas acabamos por ficar a olhar para o histórico de chamadas com um sorriso estampado na cara como um idiota. Mas eu conheço melhor. Acerca daquela coisa que se chama de bondade. Se alguém for simpático para mim sei que também o são para outros. Quase que me esqueço disso às vezes . Se a verdade é cruel tenho a certeza que mentiras são realmente bondosas. Por isso a bondade é uma farsa. Fico sempre com esperanças que algo aconteça e no final interpreto sempre mal o seu significado. A um determinado ponto perdi a esperança. Sou um solitário experiente, nunca mais vou cair na mesma asneira. Sou um guerreiro veterano e sou o melhor a perder. Por isso vou sempre odiar raparigas simpáticas."
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