sábado, 22 de agosto de 2015
Nos versos que escrevo imprimo a melancolia que sinto. Sinto-me sozinho. Sinto-me sozinho pois a única pessoa que me faz sentir acompanhado não me deseja na vida dela. Não a censuro, visto que fui eu que escavei o buraco onde me enfio hoje. Quando a vejo todos os tristes versos, todos os choramingões poemas deixam de importar. Quando a vejo só consigo ver o que permanece à minha frente. Não a consigo olhar nos olhos pois a hipótese de me perder neles é infinita. A expressão que ela carrego no seu dia a dia fascina-me. De qualquer forma e feitio sei que a vou continuar a amar. Penso que o que sinto se chama amor condicional. Independentemente do que aconteça entre nós. por muito que ela me empurre para fora da vida dela, por muito que ela me dê o ombro gelado, os sentimentos perduram. Não nego que preferia nunca a ter conhecido, pois com ela aprendi a sofrer eternamente. Por a fazer sofrer acabei por sofrer também. Por a afastar acabei por ser afastado também. Hoje em dia a distância entre nós é gigante. Procuro-a diariamente por ela ilumina os meus dias sem cor. Na minha mente imagino-a nos sítios mais parvos que possa imaginar. No virar da esquina, nas escadas do meu quarto, atrás de mim enquanto caminho nas ruas. Sei que ela ocupa grande parte do meu coração e também do meu pensamento. Por muito que lhe diga o quão importante ela é para mim ela nunca o perceberá. Isso entristece-me. Quero ser livre, mas, as correntes que me prendem são demasiado fortes para as partir. O que me prende vai para além do físico. Acredito talvez que um laço espiritual me una a pessoa que amo. Um laço que pode esticar mas nunca partir. Pergunto-me se pensas em mim. Não peço que penses em mim como eu penso em ti. Contentava-me com qualquer tipo de pensamento. Até mesmo ódio. Gostava de acreditar que talvez um dia possamos falar os dois um com o outro sem deixar que o passado nos corrompa. Apenas duas almas queridas uma pela outra. Apenas duas pessoas que um dia se amaram mutuamente e viveram um para o outro. Gostava...
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